O superintendente de Fundos de Investimentos do Itaú, Moacyr Castanho, disse que a instabilidade do mercado, verificada desde o primeiro semestre, pode estar contribuindo para limitar a movimentação dos fundos FGTS. "Nas carteiras de Petrobras, o resgate foi pequeno no início e vem diminuindo ainda mais no decorrer dos dias", disse. A variação cambial, os problemas econômicos da Argentina, o racionamento de energia elétrica e, agora, os incidentes nos Estados Unidos vêm provocando nervosismo no mercado. O Ibovespa já acumula queda de mais de 35% neste ano. Para Armando Bruck, responsável pela área de Marketing, Produtos e Informações da Sul América Investimentos, os investidores estão seguindo justamente a orientação dos gestores dos fundos FGTS: decidir com calma sobre qualquer migração de aplicação. Ele disse que se surpreendeu um pouco com o pequeno volume de resgates das carteiras de Petrobras, mas afirmou que esse é um comportamento compreensível. "É sempre bom diversificar, mas os investidores não têm argumento forte para transferir os recursos", disse Bruck, lembrando que a Petrobras é uma empresa sólida e que já rendeu bons ganhos aos cotistas dos fundos. Números Na Caixa Econômica Federal (CEF), maior gestora dos FMP Petrobras, os resgates atingiram apenas 3% do patrimônio líquido das carteiras, de R$ 1,3 bilhão. Do patrimônio de R$ 300 milhões em fundo Petrobras do Itaú, apenas cerca de R$ 5 milhões foram resgatados, menos de 2% do total. Dados do ABN Amro mostram que os resgates somaram também 2% do patrimônio dos fundos de Petrobras que administram, que é de R$ 60 milhões. Já a Sul América Investimentos, por exemplo, registrou resgates de menos de 5% do patrimônio dos fundos de R$ 14 milhões, segundo Armando Bruck, responsável pela área de Marketing, Produtos e Informações. Veja mais informações nos link abaixo.