PREÇOS DESACELERAM, MAS NÃO POR MUITO TEMPO
A expansão dos lançamentos em novas regiões do Rio de Janeiro ocorre ao mesmo tempo em que o preço do metro quadrado na cidade, o mais caro do Brasil, cresce em um ritmo menor.
O preço médio do metro quadrado, que chegou a subir 3,44 por cento em novembro de 2011 na comparação mensal, subiu apenas 0,37 por cento em junho ante maio, na menor variação mensal desde março de 2008.
A desaceleração na capital fluminense também é percebida na variação acumulada em 12 meses, já que em junho foi registrado o menor aumento nesta comparação desde o início da série histórica --uma alta de 12,5 por cento--, segundo o índice FipeZap Ampliado, que faz o levantamento de preços de imóveis novos e usados em 16 cidades brasileiras.
"A desaceleração acontece em grande parte devido ao esfriamento natural da economia e o crescimento da inflação... Também não temos investidores de curto e médio prazo agindo no mercado imobiliário, com intuito de fazer especulação", disse o coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn.
Segundo ele, parte da desaceleração pode ser atribuída à Copa, que afetou a comercialização no primeiro semestre, mas com o fim do evento, os preços devem voltar a se animar nos próximos meses.
Apesar da expansão mais lenta nos preços, o Rio de Janeiro segue tendo o metro quadrado mais caro do Brasil, de 10.648 reais em junho, ante 9.285 um ano antes, segundo o índice FipeZap. [nL2N0PD2I4]