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Centenas protestam em Roma contra reforma previdenciária

Governo pretende aumentar a idade mínima da aposentadoria, o que, segundo sindicatos, deixará milhares que se aposentaram mais cedo sem pensões

Por André Lachini e da Agência Estado
Atualização:

ROMA - Centenas de pessoas fizeram uma manifestação nesta quinta-feira, 26, em Roma contra o aumento da idade mínima da aposentadoria, uma medida que os sindicatos dizem deixará de milhares de italianos que se aposentaram mais cedo em situação difícil e sem as pensões mensais. O protesto ocorreu em frente ao Pantheon, edifício no centro antigo de Roma, e foi convocado pelas três maiores centrais sindicais italianas - CGIL, CISL e UIL - as quais afirmaram que as reformas do sistema previdenciário feitas pelo primeiro-ministro Mario Monti afetarão 350 mil pessoas. 

O governo italiano afirma que as reformas afetarão 65 mil pessoas e disse que um fundo especial foi criado para garantir que esses cidadãos não fiquem sem suas aposentadorias. "O governo sacrificou a geração que nasceu entre 1952 e 1954", disse Sandro Faraoni, ex-funcionário dos Correios. "Por sorte, minha mulher tem casa própria, porque eu não tenho mais uma casa. Mas se ela me expulsar, eu ficarei sem-teto". Laura Piacenti, outra ex-funcionária pública que se aposentou mais cedo, disse que fez isso para dar aos mais jovens a chance de trabalhar, mas afirma que foi obrigada a cortar os gastos domésticos para ajudar o filho. "Somos vítimas de um governo arrogante", disse. As informações são da Dow Jones.

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