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Centrais sindicais condenam aprovação da terceirização

Organizações manifestam repúdio ao texto aprovado na Câmara dos Deputados e afirmam que projeto de lei reduzirá salários

Por Ricardo Galhardo
Atualização:

Centrais sindicais manifestaram nesta quinta-feira, 23, sua reprovação ao projeto de lei que regulamenta a terceirização de todas as atividades de empresas dos setores público e privado. Em nota, Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB afirmam que o texto aprovado na Câmara dos Deputados já promove uma reforma trabalhista e sindical e que fará com que trabalhadores passem a ganhar menos.

Parlamentares da oposição protestaram durante a sessão que aprovou, na quarta-feira, 22, a terceirização irrestrita no serviço público e privado Foto: André Dusek/Estadão

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 projeto de lei elaborado há 19 anos também amplia a permissão para contratação de trabalhadores temporários, dos atuais três meses para até nove meses - seis meses, renováveis por mais três. O texto segue para a sanção do presidente Michel Temer. (Veja como votou cada deputado).

No entanto, senadores articulam votar um projeto de lei mais recente e mais brando sobre a terceirização que já tramitava no Congresso. As negociações teriam respaldo do Planalto, que pretende dispor de alternativas para costurar a regulamentação final.

Confira a nota na íntegra:

São Paulo, 23 de março de 2017

A terceirização aprovada condena o trabalhador à escravidão

É inaceitável!

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O projeto de terceirização, PL 4302/98, aprovado nesta quarta-feira, dia 22, é um retrocesso e acaba com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Com mais de 12 milhões de desempregados, o trabalhador não pode ser ainda mais penalizado pelo governo para resolver a grave crise político/econômica do País. 

Essa terceirização promove uma reforma trabalhista e sindical. Aumenta a insegurança jurídica, acaba com os direitos trabalhistas, divide as categorias e permite que o setor patronal faça o que bem entender com os sindicatos dos trabalhadores.

O trabalhador ganhará menos, trabalhará mais e ficará exposto a acidentes de trabalho. O governo Temer e o Congresso Nacional atendem somente a interesses da classe empresarial.

As centrais sindicais condenam o projeto da forma que foi aprovado. Seguimos firmes na organização de nossas bases, cobrando a abertura de negociações e a manutenção da proibição de terceirização na atividade fim.

As centrais sindicais reinteram todos os esforços de mobilização dos trabalhadores, mas afirmam estar abertos ao dialogo.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho) Presidente da Força Sindical

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Vagner Freitas Presidente da CUT

Ricardo Patah Presidente da UGT

Adilson Araújo Presidente da CTB

José Calixto Ramos Presidente da Nova Central

Antonio Neto Presidente da CSB

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