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Centrais se reúnem para evitar demissões na Volks

Possibilidades giram em torno de greve geral e de uma possível integração de todas as plantas da montadora em âmbito mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

Os presidentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), vinculada à Força Sindical, Eleno Bezerra, e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Alberto Grana, vão se reunir na próxima quinta-feira para discutir uma estratégia de campanha conjunta, a fim de evitar as seis mil demissões nas fábricas da empresa. Segundo as centrais, também estão na pauta de discussão estratégias, como greve, e uma possível integração de todas as plantas da montadora em âmbito mundial. Na última segunda-feira, o presidente da Volkswagen do Brasil, Hans-Christian Maergner, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um plano de reestruturação da empresa, poucos dias após o anúncio das demissões previstas para os próximos dois anos. A montadora alega que a valorização do real frente ao dólar e ao euro teria prejudicado as exportações do grupo, tornando o corte necessário. Fato isolado A ação da empresa no Brasil não é, contudo, um fato isolado. Conforme a Volkswagen anunciou em fevereiro, a perspectiva é de 20 mil demissões na Europa até 2009. Este processo está ligado a uma estratégia mundial de encolher operações para reduzir custos e enfrentar a concorrência, principalmente de fabricantes asiáticos. Nesta quarta-feira, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Trabalho, Luiz Marinho, se reúnem com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e dirigentes de montadoras. O objetivo é negociar possíveis medidas do governo que neutralizem o impacto do câmbio valorizado nas exportações e possibilitem a manutenção do ritmo de crescimento do setor.

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