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Centrais sindicais condenam aumento da taxa Selic

Por AE
Atualização:

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) divulgaram nota em que condenam o aumento da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, anunciado hoje pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). "O aumento da taxa Selic é uma violência contra os trabalhadores e a economia do País. Hoje, o Brasil tem a maior taxa de juros do planeta, mesmo assim, o Copom do Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual", criticou o presidente da UGT, Ricardo Patah. Patha advertiu que a medida traz impactos diretos na economia e no bolso dos trabalhadores, pois aumenta o custo dos empréstimos e, conseqüentemente, da matéria-prima, produzindo em escala um aumento de preços e perdas para os empregados. "Além disso, o custo da dívida interna terá um substancial aumento, beneficiando diretamente os banqueiros. Essa decisão faz com que a Nação assista, mais uma vez, ao BC praticar bons serviços aos banqueiros da Febraban e não ao Brasil", acrescentou. Para o presidente da CGTB, Antonio Neto, o Copom, em especial o presidente do BC, Henrique Meirelles, "demonstrou, mais uma vez, que ignora por completo os anseios e interesses do País ao aumentar em 0,5 ponto percentual a já altíssima taxa de juros praticada no Brasil". Depois de observar que as posições externadas nos últimos dias não deixaram dúvidas de que "o setor produtivo e as forças progressistas do País não queriam o aumento da Selic e que isso seria desastroso para a nossa economia", o sindicalista acrescentou que "somente os especuladores projetavam ou defendiam o aumento dos juros, pois são os únicos que lucram com isso". "O Copom, mais uma vez, beneficiou a especulação em detrimento do País e do seu povo." Antonio Neto sustenta que aumentar a Selic "representa abrir ainda mais as portas do País para o ingresso de capital especulativo, valorizando o real artificialmente e prejudicando as nossas exportações e a nossa economia" e conclui que "está na hora de o Banco Central parar de boicotar os esforços do governo e da sociedade brasileira que luta para crescer de forma sustentada".

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