As centrais sindicais realizaram ontem protestos em 12 capitais para cobrar do Comitê de Política Monetária (Copom) a redução da taxa básica de juros em dois pontos porcentuais e defender a manutenção dos empregos. Em São Paulo, Curitiba, Salvador e Brasília, as manifestações ocorreram em frente às sedes do Banco Central (BC). Na capital paulista, dois mil manifestantes participaram do ato, segundo a Polícia Militar. Para os sindicalistas, o público era de seis mil pessoas. A manifestação fechou parte da Avenida Paulista. O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ameaçou "invadir" o o BC numa próxima manifestação, caso os juros não fossem reduzidos. Ele cobrou do governo o aumento do número de parcelas do seguro-desemprego de seis para dez, além da redução do spread bancário. O secretário de Políticas Sindicais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que a sociedade precisa ser ouvida na elaboração das políticas monetárias. "Uma decisão dessas não pode ficar nas mãos de meia dúzia de economistas."