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CEO da Gazprom diz que acordo com China afetará mercado europeu de gás

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Por Redação
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O histórico acordo da Rússia para o fornecimento de gás natural à China vai afetar os preços na Europa e têm um impacto sobre projetos de gás natural liquefeito internacionais, disse o presidente-executivo da estatal Gazprom <GAZP.MM> nesta sexta-feira. China e Rússia assinaram um acordo de 400 bilhões de dólares para fornecimento de gás na quarta-feira, assegurando ao maior consumidor de energia do mundo uma fonte mais limpa e abrindo um novo mercado para Moscou, que está sob risco de perder clientes europeus por conta da crise na Ucrânia. [ID:nL1N0O711M] "Literalmente um dia atrás um evento realmente histórico ocorreu, um evento que marcou época. Nós, Rússia e Gazprom, descobrimos o mercado de gás da Ásia para nós mesmos", disse o presidente-executivo da Gazprom, Alexei Miller, durante um fórum econômico em São Petersburgo. "Pode-se supor que a assinatura do contrato vai afetar os preços de gás no mercado europeu", disse ele, sem dar mais detalhes. Miller acrescentou que o acordo também terá impacto sobre projetos de GNL no leste da África, Austrália e oeste do Canadá. A Fitch Ratings afirmou na quinta-feira que o acordo "estabelece um novo marco para o que a China está disposta a pagar para o gás natural sobre os contratos de longo prazo". O acordo abre um enorme novo mercado para a Gazprom, que gera cerca de 80 por cento de sua receita com vendas à Europa, onde a demanda está estagnada e os lucros estão caindo. "Este é o contrato, que vai influenciar todo o mercado de gás", disse Miller. Nenhum dos lados divulgou o preço do gás no contrato Rússia-China, mas fontes da indústria disseram que ficou entre 350 e 380 dólares por mil metros cúbicos, similar ao que a maioria dos europeus paga sob contratos de longo prazo assinados nos últimos dois anos. A Gazprom ainda tem que construir um gasoduto para transportar 38 bilhões de metros cúbicos de gás por ano para a China a partir de 2018. Rússia e China chegaram a acordo sobre um pagamento antecipado de 25 bilhões de dólares, disse o presidente-executivo da Gazprom Export, Alexander Medvedev, nesta sexta-feira. (Reportagem de Vladimir Soldatkin) ((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS FG

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