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Cepal diz que pobreza na AL e Caribe diminuiu entre 2003 e 2005

De acordo com a Cepal, "as melhores condições econômicas, as remessas dos emigrantes e o aumento do gasto social contribuíram para quebrar a tendência de aumento da pobreza na região, que imperava desde 1990".

Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) diz que 13 milhões de pessoas teriam saído da pobreza na América Latina e Caribe entre 2003 e 2005. Segundo o Panorama Social sobre a região, elaborado pela Cepal e divulgado hoje pelo diretor executivo da entidade, José Luis Machinea, apesar dessa redução, a pobreza continua muito alta e afeta 213 milhões de pessoas (40,6 %), dos quais 88 milhões (16,8 %) vivem na indigência. De acordo com a Cepal, "as melhores condições econômicas, as remessas dos emigrantes e o aumento do gasto social contribuíram para quebrar a tendência de aumento da pobreza na região, que imperava desde 1990". Os novos levantamentos indicam que o "flagelo diminuiu na maioria dos países". Na Argentina, durante 2004, a pobreza caiu 16 pontos porcentuais nas áreas urbanas, e a indigência baixou 9,8 pontos em relação a 2002; no México se manteve a tendência de queda iniciada em 1996, com uma nova redução entre 2002 e 2004, de 2,4 pontos porcentuais em pobreza e 0,9 em indigência, principalmente nas áreas rurais; no Peru, a indigência caiu 2,8 pontos porcentuais. "As cifras previstas para este ano mostram que a região avançou em 51% ao cumprimento da primeira meta do Milênio, que consiste em reduzir para o ano 2015 à metade a porcentagem da população em pobreza extrema registrado em 1990", destaca o relatório. "Esta é uma notícia alentadora", afirma a Cepal, embora não se esqueça de lembrar que "o progresso é ainda insuficiente em relação ao tempo transcorrido para alcançar a meta, que equivale a 60% (15 anos de um total de 25)". O Panorama social da região examina a situação dos países em múltiplas dimensões sociais, através de pesquisa sobre as carências básicas da população em relação à moradia, acesso à água potável, saneamento e educação básica. "As carências mais freqüentes têm suas raízes no déficit habitacional", conforme foi detectado pelos pesquisadores. "Mais de 30% da população em nove países (de um total de 14) vive amontoada, convivendo entre três ou mais pessoas por quarto. Uma porcentagem similar carece de conexão à rede de esgoto(ou à uma fossa séptica nas áreas rurais) em 13 de 17 países", diz a síntese apresentada por Machinea.

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