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Cerca de 430 trabalhadores escravos são encontrados em SP

Eles estavam em canaviais de Lençóis Paulista e Pederneiras, na região de Bauru, e foram descobertos pelo Ministério do Trabalho

Por Agencia Estado
Atualização:

Fiscais do Ministério do Trabalho encontraram nesta segunda-feira no interior de São Paulo cerca de 430 cortadores de cana trabalhando em condições subumanas e passando fome. Os trabalhadores estavam em canaviais de Lençóis Paulista e Pederneiras, na região de Bauru. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, no município de Pederneiras, 30 lavradores trabalhavam para a BR Prestadora de Serviço. A empresa fornecia mão-de-obra para a Usina São José, pertencente ao Grupo Zillo Lorenzetti, segundo denúncia da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo. Os lavradores foram encontrados em pequenos cômodos, em condições precárias de higiene, dormindo em colchonetes no chão, recebendo pagamentos abaixo do salário mínimo. Os 400 cortadores de cana encontrados na Fazenda Velha, da Usina Barra Grande, que pertence ao mesmo grupo, em Lençóis Paulista, trabalhavam 10 horas por dia e exerciam a atividade em total desacordo com a Norma Reguladora 31, que trata especificamente da garantia dos direitos básicos dos trabalhadores rurais. Os fiscais exigiram o envio na segunda-feira de 10 cestas básicas aos alojamentos, com 22 quilos de alimentos cada. A comida seria dividida entre os trabalhadores. Para os cortadores de cana, o ministério exigiu o pagamento das verbas rescisórias e a passagem de volta para a Bahia.

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