Segundo Pimentel, o País tem sido alvo de excedente produtivo em função da retração econômica em outros mercados, como o americano. Ele disse que, embora a maior parte do consumo interno seja de produtos fabricados no Brasil, o aumento das importações de confecções tem crescido, trazendo risco de desindustrialização.Pimentel informou que o consumo aparente de importados no Brasil é de 12%, mas era apenas de 2,5% há quatro anos. O consumo aparente é calculado pela produção brasileira menos exportações mais importações.Ele destacou que os brasileiros consomem hoje cerca de R$ 100 bilhões em produtos de vestuário. Destacou ainda que esses números não consideram as importações de produtos têxteis trazidas por turistas.Pimentel disse também que, enquanto o varejo desse setor tem crescido cerca de 5%, a produção nacional deve ter uma queda de 5% este ano. Além disso, ele acredita que o setor fechará 2011 com a eliminação de postos de trabalho ante uma abertura de 65 mil vagas ocorrida em 2010. O diretor da Abit admitiu, no entanto, que a perda de emprego no setor se deve a várias circunstâncias que não só o aumento da concorrência dos importados. Mas destacou que a balança comercial de têxtil e confecções está deficitária. "A participação dos importados (de vestuário) no mercado doméstico é pequena, mas evolução é muito ruim", alertou.