Publicidade

Cesp: ação é fixada em R$ 49,75

Esse é o preço mínimo válido para leilão de privatização

Por Wellington Bahnemann
Atualização:

O governo de São Paulo definiu ontem o preço mínimo e a data para a realização do leilão de privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). De acordo com o edital, o preço mínimo foi fixado em R$ 49,75 por ação. Se o negócio sair como a Secretaria Estadual da Fazenda prevê, o governo deve arrecadar no mínimo R$ 6,6 bilhões. O leilão foi marcado para o dia 26 de março na Bovespa. O preço mínimo foi definido a partir de uma avaliação do Citi e do banco Fator. A primeira reação dos grupos interessados em disputar o leilão foi reclamar do preço fixado. Um dos candidatos à compra da empresa, a Neoenergia, teria indicado que estaria fora da disputa por causa do valor do negócio. Já no mercado financeiro, a reação foi diferente. As ações ON subiram 3,06% e as PNB se valorizaram 4,34%. Grandes grupos internacionais disputam o controle da empresa. Há expectativa de que sejam formados consórcios poderosos com a participação da espanhola Endesa e a portuguesa EDP, enfrentando grupos brasileiros liderados pela Cemig, ou ainda o grupo francês Suez com a CPFL. Também negociam a participação nos consórcios os gigantescos fundos de investimentos Carlyle e Blackstone, representado no Brasil pelo banco de negócios Pátria. Os consórcios contariam ainda com a participação de grandes consumidores de energia, como Vale, Votorantim e CSN. Segundo comunicado da empresa, o edital do leilão de privatização da Cesp, quarta maior geradora do País, com 7,455 mil megawatts de potência instalada e seis hidrelétricas, será divulgado a partir de 25 de fevereiro. O aviso diz ainda que a venda será em bloco único. Serão vendidas 78,68% das ações ordinárias da Cesp detidas pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, além da alienação de 3,34% dos papéis preferenciais classe B. Com isso, mesmo após a conclusão do processo de privatização da estatal, o governo de São Paulo ainda deterá 15% das ações ON. Além da participação acionária da Fazenda, o conselho diretor do Programa Estadual de Desestatização aprovou a venda das participações da Dersa, Metrô, Companhia Paulista de Parcerias (CPP) e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.