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Cesp reanima Bovespa

Privatizações da Cesp e do Banespa tiraram a Bolsa do marasmo, com alta nos volumes de negócios, apesar das quedas em Nova York. O petróleo voltou a cair um pouco. Os juros também caíram e as cotações do dólar mantêm-se estáveis.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ontem, as definições nas privatizações do Banespa e da Cesp reanimaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os preços mínimos e os leilões foram anunciados. O do Banespa, cujo edital foi anunciado ontem, é em 20 de novembro e o da Cesp, será em 6 de dezembro. A Bolsa fechou em alta de 3,06%. As ações da Cesp dispararam hoje, com alta de 10,05% para as ordinárias (ON, com direito a voto), fechando em R$ 21,35, enquanto que as preferenciais (PN, sem direito a voto), fecharam em R$ R$ 22,55, em alta de 10,00%. Os papéis do Banespa não subiram tanto. As altas foram de 0,98% para as ordinárias e 0,18% para as preferenciais. Com isso, o volume de negócios começou a melhorar. Apesar da euforia do momento, que reverteu a apatia dominante no mercado nas últimas semanas, os investidores ainda estão cautelosos. As bolsas em Nova York continuam em queda, com os anúncios dos balanços trimestrais das empresas. Como a economia americana está realmente em processo de queda das taxas de crescimento, no processo conhecido como pouso suave, os lucros das empresas estão sendo prejudicados. O FED - banco central norte-americano -, temendo que a economia estivesse excessivamente aquecida, efetuou várias elevações de juros, que estão dando resultado. Hoje, por exemplo, as bolsas nos EUA caíram O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,56%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 1,46%. Além desse fator de apreensão, continua a pressão dos preços internacionais do petróleo. Hoje, os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em novembro fecharam em queda de 0,63% em Londres, a US$ 28,89 por barril. A liberação de estoques estratégicos dos EUA e o aumento recente da produção parecem estar dando resultado. Mesmo assim, os estoques, em especial, de óleo para aquecimento, ainda estão muito pressionados. Com o ânimo que tomou conta da bolsa e o bom cenário interno dos últimos meses, com crescimento econômico e baixa inflação, os juros caíram. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 16,860% ao ano, frente a 16,970% ao ano ontem. E o dólar fechou em R$ 1,8480, com queda de 0,32%.

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