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Cesta básica do paulistano tem maior valor desde 94

Preço da cesta com 31 produtos básicos representa 62,66% do salário mínimo do trabalhador brasileiro

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O preço médio da cesta básica sofreu um reajuste de 1,68% em setembro e saltou de R$ 234,21 no último dia de agosto para R$ 238,14 no final do mês passado. Com a alta, a cesta atingiu o maior valor já registrado em São Paulo desde o início do Plano Real, em julho de 1994. O preço da cesta, que comporta 31 produtos de primeira necessidade, é calculado com base na tomada de preços que o Procon de São Paulo, em parceria com o Dieese, realiza diariamente na capital. Isso significa dizer que em setembro, só como base de comparação, o trabalhador que hipoteticamente ganha um salário mínimo, de R$ 380,00, deixou 62,66% de seu rendimento bruto no supermercado para levar uma cesta básica para sua casa. Neste caso, vale ressaltar que o consumidor ficou com apenas R$ 141,86 para gastar com outras despesas. Dos 31 produtos que compõem a cesta básica do Procon-Dieese, 18 tiveram seus preços aumentados em setembro, 11 foram reduzidos e dois fecharam estáveis. A abertura da cesta por grupos mostra que a maior alta foi a de 1,70%, registrada pelo grupo alimentação. As maiores altas foram verificadas na salsicha avulsa (10,44%), cebola (7,08%) e leite em pó integral (4,72%). O grupo composto pelos produtos de limpeza registrou alta de 1,65%. A maior alta foi registrada no preço do sabão em barra, que foi majorado em 5,66%. O grupo de higiene pessoal subiu 1,55%, puxado pelo aumento de 4,79% no preço do papel higiênico. No ano, a cesta acumula uma alta de 10,61% e nos últimos 12 meses, em 17,06%.

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