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Cesta básica fica mais barata em São Paulo em 2006

Fipe e do Procon mostram que artigos como alimentos diminuíram de preço em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A cesta básica ficou mais barata para o paulistano em 2006. Dois estudos, com metodologias diferentes, divulgados nesta quinta-feira, 4, mostram que a cesta de produtos básicos diminuiu de preço e fechou o ano com uma queda entre 0,67% e 0,50%. Segundo estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em média 0,67% mais barato ir ao supermercado no ano passado na cidade de São Paulo na comparação com 2005. De acordo com a instituição, 2006 ainda apresentou queda dos preços apesar de, em dezembro, ter sido registrada uma leve alta de 0,14%. Ao final do ano passado, uma cesta básica de alimentos custava, em média, R$ 195,66 na capital paulista. A pesquisa de preços é divulgada mensalmente pela Fipe, que coletaria originalmente o preço de 45 itens na capital paulista, a maioria de Alimentação, e também itens de Limpeza e Higiene Pessoal. No site da Fipe, a última lista de pesquisa mostra 51 itens, sendo 41 de Alimentação, sete de Higiene Pessoal e 3 de Limpeza. A Fipe divide a cidade em seis regiões, de acordo com o poder aquisitivo e localização. A Zona Sul e a Zona Leste, por exemplo, estão divididas em duas zonas cada, segundo mapeamento feito pelo IBGE. Desta forma, a cesta de produtos mais barata pode ser encontrada no extremo sul da cidade. Ao final de 2006, ela custava R$ 189,00 ante R$ 187,39 verificada em novembro. A parte mais periférica da zona leste também oferece preços mais baixos para a compra dos produtos considerados básicos, que sairiam ao custo de R$ 189,81 ante R$ 186,45 visto em novembro. Com preços intermediários para a aquisição dos mesmos produtos estão a região da zona leste mais próxima do centro (R$ 195,40) e a zona norte (R$ 195,86). Os preços já são mais elevados na zona oeste, com a cesta básica custando, em média, R$ 201,07. A parte mais cara da cidade para a compra destes produtos é a zona sul mais próxima do centro, que custavam em média, ao final do ano passado, R$ 204,72. Procon Já segundo a Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, a cesta básica do paulistano encerrou 2006 com preço médio de R$ 215,29. O valor representou queda de 0,50%, em relação ao verificado no último dia de pesquisa de 2005, quando a cesta custou R$ 216,37. A pesquisa, realizada em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), abrange 31 produtos, sendo 22 de Alimentação, quatro de Limpeza e cinco de Higiene Pessoal, e consultou preços em 70 supermercados da cidade de São Paulo. Na análise por grupo, Higiene Pessoal foi o único que apresentou alta, de 1,60%; enquanto Alimentação e Limpeza tiveram quedas de 0,45% e 2,58%, respectivamente. Segundo a Fundação Procon-SP, os três produtos que apresentaram as maiores baixas nos preços em 2006 foram a batata (quilo), com declínio de 58,91%; a cebola (quilo), com -49,62%; e farinha de mandioca torrada (pacote de 500 gramas), com -13,82%. As três maiores altas ficaram por conta do óleo de soja (embalagens de 900 mililitros), com 23,93%; da farinha de trigo (pacote de 1 kg), com 17,39%; e do arroz tipo 2 (pacote 5 kg), com 14,62%. Durante o ano de 2006, a cesta básica apresentou seis meses de deflação. A queda mais expressiva, de 2,85%, foi verificada em janeiro. Em fevereiro, o recuo foi de 0,32%; em março, de 0,92%; em maio, de 1,91%; em junho, de 2,34%, e, em julho, de 0,87%. No primeiro semestre, somente em abril houve elevação, de 0,50%, enquanto, na segunda metade do ano, os cinco últimos meses também tiveram comportamento de alta, com destaque para a de outubro, de 3,52%.

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