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Chávez afirma que encontro foi "extraordinário"

Sorridentes, os quatro presidentes desceram juntos do andar superior do Iguazú Grand Hotel, posando para fotos

Por Agencia Estado
Atualização:

Após três horas e meia de duração, terminou por volta das 15h (horário de Brasília), em Puerto Iguazú (Argentina), a reunião entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Bolívia, Evo Morales, da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Néstor Kirchner, para discutir a crise provocada pelo decreto do governo boliviano que nacionalizou as reservas de petróleo e gás daquele país. Eles almoçam juntos agora e, por volta das 16 horas, farão um pronunciamento conjunto. Sorridentes, os quatro presidentes desceram juntos do andar superior do Iguazú Grand Hotel, posando para fotos. "Foi um encontro extraordinário", disse Chávez, aos jornalistas, enquanto as demais autoridades eram apressadas pelos seguranças para não falarem com a imprensa. Logo depois, o vice-presidente do Brasil, José Alencar, também deixou o local, mostrando otimismo com os resultados da reunião. "Há interesse recíproco para que cheguemos a um acordo", afirmou, declarando-se "otimista". Em seguida, indicou também uma pitada de bom humor: "Não participei da reunião porque a reunião é de presidentes. E eu sou vice." Apenas os quatro presidentes estiveram na reunião e o encontro de ministros de Relações Exteriores, previsto para acontecer em seguida ao encontro dos presidentes, foi cancelado. Assunto principal Nesta reunião entre os quatro presidentes, o preço do gás natural da Bolívia foi o principal. A expectativa do governo brasileiro, segundo fontes, era de que a conversa entre os presidentes fosse de entendimento para a preservação do trabalho de unidade da região, já que o Brasil defende a construção de um bloco da América do Sul. Mas isso, segundo as mesmas fontes, não significaria que a Petrobras abriria mão de entrar com recurso em Nova York, contra a quebra do contrato, por parte do governo boliviano, ao nacionalizar as operações de gás e petróleo no país. Para o governo brasileiro, o principal ponto da discussão, que é garantir a continuidade do abastecimento de gás, está resolvido. E com essa primeira etapa vencida, esperava-se discutir o preço do produto. Autoridades brasileiras ressaltam que não há uma divisão nesse episódio, deixando de um lado os fornecedores e de outro os consumidores. O que existe, afirmam, é o interesse maior de continuação do bloco regional.

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