Publicidade

Chávez quer ´descontaminar´ Mercosul

O presidente venezuelano reiterou também a necessidade de reformar o bloco

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reafirmou nesta quinta-feira que pretende ´descontaminar´ o Mercosul e reiterou a necessidade de reformar o bloco econômico para que dê ênfase a questões sociais. "Os jornais estão dizendo que Chávez está vindo injetar ideologia ao Mercosul, envenená-lo, contaminá-lo", disse a jornalistas, ao chegar ao Rio de Janeiro, para participar de uma cúpula do bloco comercial. "Estamos aqui para descontaminá-lo do neoliberalismo." O presidente deu como exemplo, no que se refere à reforma do bloco, a chamada Alternativa Bolivariana das Américas (Alba), um projeto de integração regional liderado por Caracas e que, segundo os que o criticam, é um instrumento para Chávez estender sua influência e ganhar adeptos para sua causa antiamericana. "Viemos ... para seguir discutindo, aprovando acordos, espaços, programas e projetos para fortalecer a integração real, a integração da América do Sul e para contribuir com algo que consideramos absolutamente necessário: a reformatação do Mercosul", afirmou. O Mercosul - formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela - atravessa um momento crítico, com disputas internas por conflitos políticos e comerciais. Segundo analistas, a proposta de Chávez busca dar um perfil mais ideológico ao bloco, o que seria reforçado se o seu aliado boliviano, Evo Morales, conseguir a entrada da Bolívia como membro pleno no grupo. "A Alba nasceu como, primeiro, uma bandeira anti-Alca, e já conseguiu avançar. E, além da bandeira anti-Alca, hoje já é um espaço que está até agora com países caribenhos como Cuba", ressaltou o presidente, um crítico da proposta de Washington de criar uma área de livre comércio continental conhecida como Alca. A reunião dos presidentes do Mercosul é precedida, nesta quinta-feira, por um encontro ao qual foram convidados os chefes de Estado dos países associados - Bolívia, Chile, Equador, Colômbia e Peru -, e de Panamá, Suriname e Guiana.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.