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Cheques sem fundos crescem 2,7% em maio

Pesquisa da Serasa indica que o número de cheques sem fundo aumentou 2,7% em maio, em relação a abril, e 5,7% em relação a maio do ano passado.

Por Agencia Estado
Atualização:

O volume de cheques devolvidos por falta de fundos, em relação ao total de compensados, teve um aumento de 2,7%, de abril para maio, segundo estudo nacional da Centralização dos Serviços dos Bancos (Serasa). De acordo com o levantamento, em maio deste ano, foram 14,9 cheques devolvidos em cada mil compensados. Em abril, foram devolvidos 14,5 cheques para cada mil. Houve crescimento de 5,7% nas devoluções de cheques em maio de 2002 em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram devolvidos 14,1 cheques em cada mil compensados, segundo os dados da Serasa. Também verificou-se que, nos cinco primeiros meses de 2002, houve um aumento de 17,6% no volume de cheques devolvidos, em relação ao mesmo período do ano passado. A média das devoluções de cheques de janeiro a maio de 2002 foi de 14,7 em cada mil compensados. No mesmo período em 2001, a média foi de 12,5 cheques devolvidos em cada mil compensados. De acordo com a Serasa, o alongamento nos prazos de recebimento de cheques pré-datados e a aceitação não tão criteriosa de empresas menos organizadas, ou seja, aquelas sem metodologia adequada de crédito para a gestão deste meio de pagamento, são as principais razões para o aumento da inadimplência, sobretudo a partir do segundo semestre de 2001. A inadimplência com cheques reflete também os impactos conjunturais sobre o emprego e a renda. Veja os custos de emitir um cheque sem fundos O cliente de banco que emite cheque sem fundos está sujeito a uma série de problemas. O primeiro deles são as restrições que ele sofre em seu crédito. Como seu nome acaba em algum serviço de proteção ao crédito, como o Serasa, dificilmente algum estabelecimento aceitará algum pagamento em cheques enquanto seu nome estiver sujo. Ele também não poderá ter acesso a financiamentos, pois as financeiras não dão empréstimos àqueles que são considerados maus pagadores. De acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), ainda há a questão dos custos, pois os bancos cobram uma tarifa de devolução de cheques. Caso o cliente tenha cheque especial, ainda pagará os juros da conta negativa e, se o valor do cheque exceder o limite e o mesmo for compensado, haverá multa por excesso de utilização do saldo. Se o cliente não possui cheque especial e o banco autorizar o pagamento do cheque, o cliente não arcará com o custo de devolução do cheque, mas, também nesse caso, terá que pagar uma multa por excesso de utilização do saldo e juros proporcionais ao período em que a conta ficar negativa. Veja, nos links abaixo, matérias sobre inadimplência e sobre como limpar seu nome.

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