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China admite ano difícil do ponto de vista econômico

Por CLÁUDIA TREVISAN
Atualização:

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou hoje que 2008 poderá ser o mais difícil ano para seu país do ponto de vista econômico e ressaltou que o governo tomará medidas "vigorosas" para combater a inflação, que foi de 8,7% em fevereiro, a mais alta em quase 12 anos. Wen disse estar "profundamente" preocupado com a economia mundial e a norte-americana em particular, citando a crise no mercado de crédito subprime (alto risco de inadimplência) e o preço do barril de petróleo na casa dos US$ 100. Em sua avaliação, as incertezas dentro e fora da China dificultam a tomada de decisões por parte do governo. "Nós estamos sob pressão inflacionária crescente e também enfrentamos o risco de drásticas flutuações econômicas", declarou o primeiro-ministro em entrevista coletiva logo depois do encerramento da reunião do Congresso Nacional do Povo - a única que ele concede a cada ano. O mercado acionário reagiu mal às declarações de Wen, com o temor de que um aperto monetário reduza o ritmo de crescimento econômico e afete a lucratividade das empresas. Enquanto a maioria das bolsas asiáticas registrou alta hoje, a chinesa caiu pelo quinto dia consecutivo e atingiu o menor patamar em oito meses.

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