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China ajuda e Bovespa sobe 0,19%; alta em 3 dias é 3,05%

Números do país asiático superaram estimativas estimulado compras globais de commodities

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Bovespa contou com números da China para garantir seu terceiro pregão consecutivo de elevação. Todos os índices divulgados nesta quarta-feira, 11, no país asiático superaram as estimativas, que já não eram desprezíveis, estimulando as compras globais por commodities. O mercado doméstico, no entanto, acabou perdendo um pouco do fôlego à tarde, e os 67 mil pontos, novamente, ficaram só para o intraday.

 

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O Ibovespa terminou a quarta-feira, 11, em alta de 0,19%, aos 66.431,24 pontos. Nestes três dias seguidos de ganhos, já acumulou +3,05%. No mês, o avanço é de 7,94% e, no ano, de 76,91%. Na mínima da sessão, o índice atingiu 66.028 pontos (-0,42%) e, na máxima, os 67.170 pontos (+1,31%). O giro financeiro somou R$ 6,905 bilhões. Os dados são preliminares.

 

A produção industrial chinesa teve expansão de 16,1% em outubro, acima da projeção de +15,5%, enquanto as vendas no varejo subiram 16,2% e a deflação ficou mais branda. O superávit comercial atingiu US$ 24 bilhões em outubro, acima dos US$ 19,5 bilhões e quase o dobro do apurado em setembro.

 

Como o país é um grande consumidor de matérias-primas, as commodities metálicas fecharam majoritariamente em alta, ajudadas em boa parte da quarta-feira feira pela fraqueza do dólar no exterior. O ouro, inclusive, renovou seu patamar recorde. O petróleo também subiu: na Nymex, terminou cotado a US$ 79,28 o barril, +0,29%.

 

Na avaliação do gestor de recursos da Hera Investment Mauro Giorgi, o enfraquecimento da Bovespa no período da tarde decorre do fato de os dados da China, embora positivos, já terem sido precificados nos ativos. "O mercado já havia subido com as expectativas. Hoje (quarta-feira, 11), a agenda vazia favoreceu a continuidade das compras, mas, à tarde, os investidores começaram a embolsar um pouco dos ganhos acumulados", disse. "O mercado vive de expectativas futuras e, quando elas viram presente, precisa de outra expectativa", acrescentou ao destacar que nos próximos dias, entretanto, a agenda está esvaziada, o que deve proporcionar sessões mais mornas às ações.

 

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No curtíssimo prazo, o mercado está de olho no balanço da Petrobrás, que sai na sexta-feira, 13, com repercussão apenas na segunda-feira, 16. Segundo ele, isso é o que está dando sustentação aos papéis da estatal, que novamente subiram nesta quarta, 11, ajudando o Ibovespa.

 

Petrobrás ON terminou em alta de 0,69% e PN, de 0,51%. A estatal anunciou nesta quarta-feira, 11, uma nova descoberta de petróleo no Bloco 15/06, em águas profundas angolanas, no qual possui 5% de participação.

 

Vale ON caiu 0,19%, e PNA, -0,75%. Gerdau PN, +0,53%, Metalúrgica Gerdau PN, +1,05%, Usiminas PNA, +0,10%, e CSN ON, +0,02%

 

As ações ON da Eletrobrás terminaram em baixa de 0,29%, mas a PNB subiu 0,04%. Os papéis tiveram uma queda contida, um dia após o blecaute que deixou sem energia elétrica diversos Estados do Brasil, o Distrito Federal e parte do Paraguai. O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, informou que o apagão foi causado por problemas em cinco linhas de transmissão que trazem energia da hidrelétrica de Itaipu para São Paulo.

 

Na avaliação de Giorgi, da Hera, o impacto sobre as ações foi contido porque a reação foi rápida. "Fomos dormir com um quadro preocupante, mas acordamos com energia. Houve uma ação técnica rápida", justificou.

 

Nos EUA, as bolsas operavam em alta, em meio ao feriado que deixou sem funcionar apenas o mercado de bônus. Às 18h23, o Dow Jones subia 0,28%, o S&P, 0,36%, e o Nasdaq, 0,55%.