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China aprova parceria com a Embraer

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo da China aprovou nesta quinta-feira uma parceira entre a fabricante de aeronaves brasileira Embraer e a China Aviation Industry II (Avic II), anunciou a imprensa oficial chinesa. As duas empresas estão agora negociando os detalhes do contrato da parceria. A confirmação é feita dias depois de a mídia chinesa ter noticiado que a Embraer e a Avic II tinham chegado a um acordo sobre a produção de uma aeronave de 50 lugares na cidade de Harbin, capital da província de Heilongjiang, nordeste da China. As duas fabricantes deverão anunciar oficialmente os detalhes da parceira durante uma exibição aérea na cidade de Zhuhai, sudeste da China, entre os dias 4 e 10 de novembro. O presidente da Embraer, Maurício Botelho, havia anunciado anteriormente que gostaria de firmar o contrato antes do fim do ano. Botelho espera que a nova fábrica entregue a primeira a aeronave no prazo de 18 meses, a partir da consolidação do acordo. A Embraer e a Avic II vêm negociando há mais de um ano a produção de aeronaves na China com o objetivo de participar no mercado regional de aviões. Na contramão dos Estados Unidos e Europa, onde o tráfego aéreo tem diminuído, na China o movimento cresceu 11% entre janeiro e agosto deste ano, com relação aos oito primeiros meses de 2001, segundo números publicados pela aviação civil chinesa. A Embraer, a quarta maior fabricante de aviões comerciais do mundo, afirmou que o modelo ERJ-145 seria ideal para operar na China. A companhia brasileira estima que a demanda do governo chinês ao longo da próxima década deve chegar a aproximadamente 100 aeronaves na faixa de 30 a 60 lugares. O interesse da Embraer na parceira foi estimulado pela suspensão do aumento do imposto sobre valor agregado nas aeronaves importadas com até 25 toneladas. Primeiro o imposto era de 6%, mas foi elevado para 17%. Antes da suspensão, válida para o período entre 2001 e 2005, as vendas de novas aeronaves na China haviam praticamente sido paralisadas. A Avic II negociou durante dois anos com vários fabricantes de aviões, entre eles a Bombardier e a Fairchild Dornier.

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