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China confirma suspensão de compra de soja do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

A China informou oficialmente ao governo brasileiro que suspendeu provisoriamente a compra de soja fornecida pela Noble Grain, Cargill Agrícola, Irmãos Trevisan e da Bianchini. A notificação foi feita à Embaixada da China em Pequin e repassada na manhã de hoje ao Ministério da Agricultura. "Os chineses informaram que as cargas de soja em grão estavam misturadas com sementes que foram tratadas com dois tipos de fungicidas, o Captan e o Carboxin. Por isso, os chineses optaram pela suspensão", explicou o diretor do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal do Ministério da Agricultura, Girabis Evangelista Ramos. Até ontem, o Ministério da Agricultura não havia recebido comunicado formal do governo chinês sobre a possível suspensão de compra de soja brasileira fornecida pelas quatro empresas, mas a notícia da suspensão temporária já havia sido divulgada pela Agência Dow Jones, com base em notícia da agência estatal da China, Xinhua News Agency. A notícia de ontem não deixava claro porque as quatro empresas haviam sido proibidas de vender soja brasileira ao mercado chinês. A agência estatal chinesa informava apenas que o motivo para a suspensão foi a violação das leis chinesas. Ainda não se sabe quando o embargo será removido. A nota do governo chinês divulgada hoje referiu-se ao uso de fungicida. O fato é que, no final de abril, o escritório de quarentena do governo em Xiamen, na província de Fujian, descobriu uma carga de 59 mil toneladas de soja brasileira com alto índice de fungicida e pesticida.

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