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China derruba bolsas da Ásia pela 9ª vez consecutiva

Tóquio recuou 0,7% e Xangai 1%; índice MSCI perdeu cerca de 9% nas últimas duas semanas

Por Reuters
Atualização:

As principais bolsas de valores da Ásia sofreram a nona queda consecutiva nesta quarta-feira, 27, pressionadas por temores de que a China reforce as medidas para conter o crescimento do crédito, o que poderia reduzir o ritmo da recuperação econômica global. O índice MSCI que reúne mercados acionários da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão tinha queda de 1,29%, a 391 pontos, às 7h55 (horário de Brasília). O índice perdeu cerca de 9% nas últimas duas semanas, perto do nível de 10 por cento que é geralmente usado para se definir uma correção nos mercados acionários. A bolsa de Tóquio recuou 0,7%, para 10.252 pontos, menor nível em cinco semanas, enquanto na Coreia do Sul a desvalorização foi de 0,72%, para 1.625 pontos, mínima em sete semanas. Pesou sobre a bolsa notícias de que as forças sul e norte-coreanas trocaram fogo de artilharia.

 

Em Xangai, a bolsa caiu 1,09%, a 2.986 pontos, abaixo do nível psicológico de 3.000 pontos pela primeira vez desde outubro. Em Hong Kong a queda foi de 0,38%, para 20.033 pontos. Taiwan recuou 0,51% e Cingapura registrou desvalorização de 1,24%. A bolsa de Sydney teve perda de 1,55%, para 4.644 pontos. Além dos receios de que as importações chinesas possam desacelerar, com os formuladores de políticas tentando manter a economia longe do superaquecimento, os investidores têm sido assolados por temores sobre altos níveis de endividamento da Grécia e proposta da Casa Branca que pode afetar alguns grandes bancos de investimento, limando seus lucros. O setor de tecnologia, que ajudou na recuperação global de ações no ano passado, tem figurado entre os mais afetados pela realização de lucros das sessões recentes à medida em que os investidores temem que a demanda por televisores de tela plana e outros eletrônicos possa enfraquecer se a recuperação global perder ritmo. Analistas acreditam que muitos dos temores sobre as medidas de aperto monetário na China são exagerados. "É muito improvável, na minha opinião, que Pequim conduza a economia para uma recessão somente para conter a inflação", disse Stepehen Jen, diretor-gerente na Bluegold Capital Management.

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