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China deve voltar a comprar carne brasileira, diz Furlan

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, acredita que o governo chinês autorizará em breve as importações de carne brasileira. Furlan e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, vão se reunir na manhã desta segunda-feira com autoridades do Ministério da Quarentena da China, responsável pelo controle sanitário e fitossanitário do país, para discutir o assunto. Os dois ministros vão também tentar resolver o recente embargo imposto pelo governo chinês à soja fornecida por quatro empresas brasileiras. "A China está prestes a abrir de novo seu mercado para a carne brasileira", disse Furlan. O embargo foi provocado pelo surgimento há três anos de casos da doença aftosa em rebanhos do Rio Grande do Sul. "Esse é um caso totalmente superado no Brasil, mas que ainda impede o acesso de nossa carne à China", disse Furlan. Segundo ele, a reabertura do mercado chinês deverá ter um impacto muito positivo nas exportações brasileiras. "Em dez anos, a China será o maior destino das exportações brasileiras de alimentos e a carne, obviamente, terá um peso importante nisso." Sobre a soja, Furlan disse que houve uma falha dos exportadores brasileiros por causa da venda de carregamentos contendo sementes tratadas com agrotóxicos. O incidente levou o governo chinês a suspender a compra de grão brasileiro fornecido por quatro empresas: Cargill Agrícola, Noble Grain, Irmãos Trevisan e Bianchini. "O Brasil já tomou as providências necessárias para evitar que isso se repita. A partir de agora, temos tolerância zero com a presença dessas sementes", disse Furlan. "Estou confiante que o problema será resolvido em breve." Furlan demonstrou muito otimismo com as perspectivas de aumento dos negócios entre o Brasil e a China. "O momento das relações entre os dois países é muito bom", disse. "O governo brasileiro está fazendo a sua parte e agora é a vez das empresas do país se apresentarem, negociarem e abrirem espaço para seus negócios", disse. Cerca de quatrocentos empresários brasileiros, de diversos setores, integram a delegação brasileira na China. Segundo o ministro, o estreitamento das relações comerciais entre a China e o Brasil é um processo lento, mas que trará resultados substanciais. "Os chineses tomam as suas decisões com muita calma, com muita meticulosidade, mas são decisões sólidas, que renderão muitos mais frutos no futuro," afirmou.

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