Publicidade

China e EUA terão nova via de diálogo para assuntos econômicos

A iniciativa, proposta por Washington, foi anunciada pela vice-primeira-ministra chinesa, Wu Yi, e o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson

Por Agencia Estado
Atualização:

A China e os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira a criação de um novo "diálogo econômico estratégico", com que os dois países discutirão os problemas bilaterais derivados do novo auge da economia chinesa, segundo a agência Xinhua. A iniciativa, proposta por Washington, foi anunciada pela vice-primeira-ministra chinesa, Wu Yi, e o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, que se reuniram nesta quarta em Pequim. O novo diálogo de alto nível estabelecerá reuniões regulares entre Paulson e um vice-primeiro-ministro chinês, provavelmente Zeng Peiyan, de acordo com o jornal South China Morning Post, e revitalizará as negociações sobre os assuntos mais espinhosos das relações bilaterais. Até agora, Pequim e Washington discutiam as relações mútuas através de dois mecanismos fundamentais: a reunião anual da Comissão Conjunta Sino-Americana sobre Comércio e o diálogo estratégico iniciado pelo vice-ministro de Exteriores chinês Dai Bingguo e o então secretário de Estado americano, Robert Zoellick. Segundo o comunicado conjunto emitido por Wu e Paulson, o novo diálogo "promoverá a cooperação econômica e o crescimento das relações entre China e Estados Unidos", e, além disso, contribuirá para o "desenvolvimento econômico mundial e à estabilidade e segurança econômica do mundo". Wu e Paulson acreditam que tanto o presidente Hu Jintao como George W. Bush "apoiarão e assumirão um papel ativo no diálogo econômico estratégico". O novo mecanismo de diálogo começou a ser pensado durante a visita de Hu aos EUA em abril e foi sendo desenvolvido nas viagens que diversos altos cargos americanos fizeram a Pequim nos últimos meses. Os Estados Unidos e a China tiveram recentes divergências no plano econômico, fundamentalmente pelo valor da moeda chinesa, que Washington considera excessivamente baixo, e pelo enorme déficit comercial de US$ 200 bilhões que o país mantém com Pequim. Paulson, que adotou um tom moderado na sua visita de três dias à China, está sendo considerado pelas autoridades pequinesas como uma das figuras mais amáveis do governo americano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.