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China e zona do euro firmam compromisso sobre câmbio comércio

Por JASON SUBLER
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A China e os 13 países que usam o euro chegaram a um acordo nesta terça-feira para cooperar na redução dos desequilíbrios econômicos globais ao mesmo tempo em que combatem a volatilidade cambial. O compromisso foi expressado em um breve comunicado emitido pelo banco central chinês depois que seu diretor, Zhou Xiaochuan, encontrou três autoridades da zona do euro para discutir as reclamações sobre a necessidade de uma valorização muito mais rápida do iuan. "Os dois lados concordaram em fazer um esforço conjunto e tomar medidas abrangentes para realizar ajustes econômicos estruturais, evitar grandes variações nas taxas de câmbio e dar uma contribuição para um ajuste ordenado dos desequilíbrios globais", trazia o comunicado. Zhou se reuniu com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, com o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, e com o comissário europeu para assuntos monetários, Joaquín Almunia. Os europeus estão desconfortáveis com a queda constante do iuan em relação ao euro, que avaliam estar exacerbando os desequilíbrios globais e alimentando o protecionismo na Europa. Siderúrgicas européias apresentaram uma nova queixa de dumping contra as importações de aço chinês nesta terça-feira, um dia antes da cúpula entre União Européia e China que irá focar o valor do iuan e outros atritos comerciais. O comissário de comércio da União Européia, Peter Mandelson, pediu a Pequim que cumpra com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), dizendo que a União Européia tratará o país como qualquer outro parceiro comercial --uma ameaça velada de queixa formal na organização. "Esta é a única maneira pela qual poderemos sustentar o apoio político que precisamos na Europa para enfrentar os desafios e as mudanças que a relação econômica aberta com a China impõe sobre nós", escreveu Mandelson nesta terça-feira no China Daily. (Por Jason Subler, Chris Buckley e Eadie Chen)

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