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China não diz se cumprirá decisão da OMC sobre autopeças

Por Marcilio Souza
Atualização:

A China lamentou a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) de que as tarifas do país aplicadas a autopeças importadas não estavam em linha com as regras globais e não chegou a dizer se irá acatar essa determinação. O porta-voz do ministério do Comércio chinês, Yao Jian, disse que Pequim recebeu bem partes do parecer da OMC sobre kits importados para carro, mas está insatisfeita com o restante. "Expressamos nosso pesar para com o veredicto do painel de apelação sobre o restante da decisão", disse Yao em comunicado publicado no site do ministério, referindo-se ao julgamento sobre as autopeças. O órgão de resolução de controvérsias da OMC decidiu em julho que as políticas da China eram inconsistentes com as regras da organização, uma decisão que foi comemorada pelos EUA, que, juntamente com o Canadá e a União Européia, apresentou a queixa. A China recorreu, mas o órgão de apelação da OMC ratificou ontem em Genebra o veredicto original. Depois disso, os EUA pediram à China que cumpra a decisão e suspenda as tarifas. "Eu espero que a China cumpra prontamente as obrigações da OMC e retire uma barreira ilegal e injusta, que prejudica os fabricantes e trabalhadores norte-americanos", disse a representante de comércio dos EUA, Susan Schwab, em comunicado. "A China deve agora colocar um fim à discriminação e garantir um campo de disputa equilibrado em seu setor automotivo", disse Catherine Ashton, representante de comércio da Europa. O governo chinês exige que os carros produzidos no mercado doméstico tenham pelo menos 60% de componentes locais. Um veículo que não atenda a esse critério é taxado como se tivesse sido totalmente importado. A China aplica um imposto de importação de 25% sobre todo o veículo e de 10% sobre as autopeças importadas. As informações são da Dow Jones.

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