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China promete gastos públicos para manter atividade

Por Hélio Barboza
Atualização:

O premiê chinês, Wen Jiabao, reconheceu que seu país sente os efeitos da crise financeira global e prometeu que os gastos do governo serão vigorosos, a fim de impedir a paralisação da economia. As declarações do premiê foram feitas durante o encerramento dos dois dias do Encontro Ásia-Europa, fórum bianual conhecido como ASEM (na sigla em inglês). Os líderes dos 43 países participantes do encontro divulgaram um comunicado no qual defendem a adoção de novas regras para a economia mundial e pedem que o Fundo Monetário Internacional (FMI) assuma um papel de liderança na ajuda aos países afetados pela crise. Embora o efeito direto da crise sobre a China tenha sido relativamente fraco, a desaceleração global "inevitavelmente terá um impacto sobre a economia chinesa", disse Jiabao. "Precisamos usar todos os meios para impedir que a crise financeira tenha um impacto sobre o crescimento da economia real", afirmou. As instituições chinesas mantiveram um volume relativamente pequeno da dívida hipotecária subprime que trouxe tantos problemas às instituições ocidentais, e por isso ficaram imunes ao colapso do mercado imobiliário norte-americano. Contudo, a economia chinesa em geral está se desacelerando e será afetada por um declínio na demanda pelas exportações, de brinquedos a chapas de aço. No terceiro trimestre, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China caiu para 9%, de 11,9% em todo o ano passado, embora continue sendo a expansão mais acelerada entre as maiores economias do mundo. Os participantes também concordaram em "se responsabilizar por uma reforma efetiva e ampla dos sistemas financeiro e monetário internacional", observa o comunicado. Embora não forneça detalhes, o documento convoca o FMI e instituições semelhantes a ajudar a estabilizar os bancos em dificuldades e reerguer os mercados de ações. "Os líderes concordaram que o FMI deve desempenhar um papel central na assistência aos países seriamente afetados pela crise, sempre que requisitado a fazê-lo", pondera o comunicado. As informações são da Associated Press.

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