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China solicita na OMC comitê contra barreiras ao aço

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela primeira vez desde a criação sistema internacional do comércio, em 1947, a China se utiliza de recursos jurídicos para combater as barreiras impostas pelos Estados Unidos. Hoje, os mandarins da política chinesa irão solicitar à Organização Mundial do Comércio (OMC) a criação de um comitê de arbitragem para julgar a medida que restringe as importações de aço no mercado norte-americano. A sobretaxa dos Estados Unidos foi imposta no início de março e, em alguns casos, chega a 30% do valor da importação. A China, como o maior produtor mundial de aço, quer agora que a OMC determine se a lei norte-americana está dentro das regras internacionais do comércio. Além disso, os diplomatas chineses apontam que a soja norte-americana poderá sofrer para entrar no mercado local se os Estados Unidos mantiverem uma política comercial protecionista nos próximos meses. Mas o que surpreende até mesmo os funcionários da OMC é que, menos de seis meses depois de sua entrada na entidade, a China já mostra que não aceitará ficar calada diante de medidas irregulares por parte dos Estados Unidos. "Ficou claro que todas as vezes que Pequim considerar necessário, recorrerá à OMC contra quem quer que seja", afirma um consultor econômico da organização. Segundo Pequim, a China deverá deixar de exportar cerca de US$ 350 milhões aos Estados Unidos por ano em razão das barreiras. Japão e Coréia também irão pedir, hoje, a abertura de comitês de arbitragem contra as barreiras ao aço dos Estados Unidos, que possivelmente será atendido pela OMC. O problema é que, caso os pedidos dos países sejam aceito, a OMC poderá ter vários tribunais atuando paralelamente sobre o mesmo assunto. Resta saber se, ao final da avaliação feita pelos árbitros, os resultados não apontarão em sentidos opostos.

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