
28 de agosto de 2010 | 00h00
Os jornais canadenses apontam ainda o interesse da Rio Tinto pela Potash, líder mundial do mercado de potássio, com cerca de 25% do mercado. A oferta da BHP foi considerada baixa pelos controladores da Potash, que recomendaram aos acionistas minoritários não aderir. Para eles, o valor da proposta subestima o potencial da companhia.
Barbosa diz acreditar que a proposta da BHP é apenas o começo de uma batalha. "Acho que serão feitas outras ofertas, mas não da Vale. Acredito que os chineses estejam muito preocupados", destaca o executivo, lembrando que notícias veiculadas na imprensa apontam que a estatal chinesa Sinofer também tem interesse no andamento das negociações entre Potash e BHP.
Ele lembra que a China precisará ampliar a oferta interna de alimentos para atender ao crescimento de sua população. Por isso, a aquisição de empresas do setor de fertilizantes seria uma das etapas da estratégia do país asiático. "Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), aproximadamente 50% do alimento produzido no mundo precisa da utilização de fertilizantes."
Outra saída encontrada pelos chineses para garantir o aumento da oferta de alimentos tem sido investir na compra de terras no Brasil e na África. Barbosa lembra que, há dois anos, durante o encontro da Associação Internacional da Indústria de Fertilizantes (IFA), em São Paulo, o governo chinês informou ter desembolsado US$ 30 bilhões para subsidiar a compra de fertilizantes pelos agricultores.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.