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Chineses podem assumir controle da petroleira argentina YPF

Por DOW JONES NEWSWIRES
Atualização:

As petroleiras chinesas China National Petroleum Corp. (CNPC) e Cnooc ofereceram pelo menos US$ 17 bilhões para a fatia de 84% que a Repsol possui na argentina YPF, disseram duas fontes próximas do acordo. A transação, que poderia ser o maior investimento chinês no exterior, sinaliza o crescente apetite do país por recursos de energia e sua disposição de oferecer grandes somas por eles, além da ambição da CNPC em aumentar sua presença na América do Sul e em outros lugares. De acordo com um documento ao qual a agência de notícias Dow Jones teve acesso, o lado chinês discutiu a oferta com executivos da Repsol em uma reunião de duas horas e meia em 30 de julho, na Europa. Um assessor de imprensa da Repsol negou ontem que a reunião tenha ocorrido, mas disse que a empresa não tinha mais nada a comentar. Mais cedo, outro assessor disse apenas que a petroleira espanhola "recebeu expressões de interesse na YPF, mas nenhuma oferta firme". Um porta-voz da CNPC disse que não tinha informação sobre o assunto e um da Cnooc recusou-se a comentar o caso. A Repsol já vendeu 14,9% da YPF para o grupo argentino Petersen em 2007, por US$ 2,24 bilhões. A Repsol adiou por diversas vezes uma oferta pública de 20% da YPF por causa de condições adversas do mercado, numa indicação que não pretende se desfazer do ativo a qualquer preço. Os chineses agora parecem ser os únicos interessados, embora indianos e russos já tenham olhado para a unidade antes. As negociações, porém, têm sido lentas, e o governo argentino teme que a venda da YPF possa dar à China controle sobre os preços domésticos de combustíveis e de outros derivados.

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