PUBLICIDADE

Chuva eleva nível de reservatórios no Sudeste e Centro-Oeste

Por Agencia Estado
Atualização:

As recentes chuvas no Centro-Sul do País trouxeram boas notícias para o setor elétrico. Desde segunda-feira, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste voltou a subir e ficou nesta quinta 19,18% acima da chamada curva-guia superior, o limite de segurança estabelecido pelo governo que garantiria o abastecimento neste e no próximo ano sem o uso de usinas térmicas de emergência. Essa é a maior diferença desde a retomada do período de chuvas, em novembro. Enquanto os lagos ainda estavam se enchendo diariamente, a maior diferença sobre a curva-guia superior foi de 18,54%, alcançada em 9 de abril. Desde o dia 12 de abril, porém, os reservatórios começaram a perder água. Contrariando as previsões para um período seco, nos últimos quatro dias, os lagos das usinas dessas regiões encheram 0,63% e atingiram ontem 68,47% da capacidade. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os lagos deveriam ter 49,29% de capacidade nesse período, para garantir o abastecimento seguro. Uma maior diferença em relação à curva-guia, de acordo com dados divulgados hoje pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), proporciona mais folga para geração de energia nos próximos meses, caso não ocorra uma seca excepcional. Ou seja, há mais água para gerar energia do que o previsto. Como o período de seca começa em maio, os lagos começam a se esvaziar com maior velocidade a partir desse mês, o que só deve se interromper em novembro. No Nordeste, porém, a situação não é tão confortável e o nível dos reservatórios não voltou a subir nos últimos dias. O ritmo de esvaziamento tem se mantido estável e contínuo e desde abril os lagos já perderam cerca de 4% de água. Ontem, os reservatórios apontavam 62,22% de volume e uma distância de 17 93% da curva-guia superior. Ainda assim, essa quantidade permitiria surprir a demanda em 2002 e 2003. Todos esses dados mostram que a situação está bem melhor do que no ano passado, quando o nível de água era tão baixo que levou às medidas de racionamento. Nessa época do ano , os lagos das duas regiões estavam com menos de 30% de capacidade, insuficiente para atender à demanda dos meses de seca. Quase três meses depois do fim do racionamento, o consumo médio de energia também está abaixo do previsto pelo governo. Os dados do ONS mostram que nos primeiros 23 dias de maio consumiu-se 5,62% a menos do que esperado nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. No Nordeste, a economia também atingiu 5 21% em maio. Em março e abril, o brasileiro também gastou menos energia do que as autoridades esperavam.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.