CAFÉ
O tempo seco dos últimos dias no cinturão cafeeiro do Sudeste do Brasil também tem levado preocupação para o mercado, em um período em que devem começar as floradas que vão gerar os grãos a serem colhidos em 2015.
A cotação do café arábica atingiu esta semana a maior cotação desde janeiro de 2012 na bolsa de Nova York, tendo a falta de chuvas no Brasil como um de seus principais fatores de alta.
Segundo Santos, da Somar, as chuvas nas principais regiões de café deverão retornar a partir do dia 18 de outubro, mas ainda de maneira irregular.
"Enquanto isso, a seca pode fazer um belo estrago", afirmou.
Na terça-feira, a cooperativa Cocatrel, de Três Pontas (MG), disse que o potencial de sua safra de café em 2015 já é 30 por cento menor que o da safra 2013, quando 1,5 milhão de sacas foram colhidas.
A partir de novembro, ressaltou Santos, o quadro deve mudar bastante nas regiões agrícolas do centro do país, que passarão a ter precipitações regulares, com volumes que podem ficar acima da média histórica, devido à ocorrência de um fenômeno El Niño fraco.
"Quando a chuva começar, não para mais. Aí, a probabilidade de novos veranicos (períodos curtos de estiagem) é muito pequena", disse o agrometeorologista.