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Cibra investe R$ 430 mi para expandir produção de adubos no Brasil

Em 2021, a companhia entregou 2 milhões de toneladas de adubos, 20% mais do que em 2020

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Foto do author Isadora Duarte
Por Isadora Duarte (Broadcast) e Augusto Decker
Atualização:

A Cibra Fertilizantes investirá R$ 430 milhões até o fim deste ano para ampliar a produção de adubos. Santiago Franco, CEO da empresa, conta que R$ 360 milhões vão para duas novas plantas que devem entrar em operação no 1.º trimestre de 2023. A primeira está sendo construída em Sinop (MT). O local da segunda, em processo de licenciamento ambiental, é segredo. O restante da verba (R$ 70 milhões) será aplicado na unidade de Uberaba (MG), adquirida em 2021. Os aportes permitirão à empresa produzir 1 milhão de toneladas a mais e alcançar capacidade de 3 milhões de t/ano. A Cibra não descarta a possibilidade de compra de uma outra fábrica. “Estamos ativos no mercado. Há capital e interesse se surgir oportunidade”, diz

Aposta para crescer acima do mercado

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A meta da Cibra é manter o crescimento de dois dígitos. Em 2021, a companhia entregou 2 milhões de toneladas de adubos, 20% mais do que em 2020. Neste ano, quer crescer 15% – o setor deve avançar 5%. O faturamento deve aumentar 15%, ante os R$ 5 bilhões de 2021.

E-commerce como fonte de receita

Parte das vendas da Cibra no País deve vir do e-commerce. Hoje, a empresa possui uma loja online para venda direta de adubos, voltada a pequenos e médios produtores, e investe para atrair mais clientes. “Ainda é um porcentual pequeno, mas que cresce bastante”, diz. Ele não revela os valores obtidos com o marketplace.

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A Cibra conta com 10 misturadoras de adubo no País, em oito Estados; Está entre as 5 maiores indústrias do setor Foto: Cibra

Aquecido. O processo de consolidação das revendas de insumos agrícolas ganhou força no ano passado e deve se acelerar em 2022, diz Lars Schobinger, sócio diretor da consultoria de inteligência Blink. “Devemos ver outros movimentos neste ano. Há espaço para novas fusões e aquisições na distribuição de insumos”, afirma. Segundo ele, as grandes companhias do setor representam apenas 30% do mercado, dominado por empresas de médio porte.

UNE. Outro setor hoje pulverizado também caminha para a consolidação: o dos biológicos. “Acredito que entre este ano e o próximo o setor começará a se concentrar”, diz Schobinger. “A atenção das múltis aumentou.” Líderes do setor de biológicos detêm de 10% a 15% do mercado.

Preserva... As Cédulas de Produto Rural (CPR) Verdes podem gerar até R$ 20 bilhões em operações neste ano, avalia Marcelo Maziero, sócio-fundador da CERC, primeira registradora de recebíveis de crédito autorizada pelo Banco Central. O título vira receita para o produtor que preserva vegetação nativa em sua propriedade.

...E Ganha. “Hoje, dependendo do bioma, as propriedades preservam de 20% a 50%, na maioria dos casos. A meta, com a CPR Verde, é chegar a até 70%”, explica Maziero. O produtor pode oferecer a CPR como garantia em operações de crédito e, quanto maior o porcentual de preservação, maior é o desconto nos juros. De acordo com o executivo, o público principal tem sido produtores em grandes propriedades rurais, sobretudo na Amazônia, no Cerrado e na região do Araguaia.

É tech. Embrapa espera iniciar até o segundo semestre a operação de seu hub de inovação voltado à agricultura digital e sustentabilidade, o AgNest. Empresas fundadoras estão sendo escolhidas por meio de edital público. Depois, haverá a entrada das agtechs, conta Paula Packer, chefe de Inovação e Negócios da Embrapa Meio Ambiente, que está à frente da iniciativa junto com a Embrapa Agricultura Digital. “O prédio deve estar pronto em dois meses com toda a estrutura operacional”, diz.

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Interior de SP. O AgNest terá como sede Jaguariúna (SP), em área de 60 hectares, e funcionará como uma “fazenda-laboratório” para experimentação de soluções tecnológicas em vários cultivos.

Taxar exportação de milho é proposta mal recebida

O setor produtivo gritou em peso contra a proposta em tramitação no Congresso de taxar em 15% as exportações de milho até o fim deste ano. “É uma medida injustificável, que afeta a competitividade do cereal brasileiro e pode desestimular a produção”, diz Sérgio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Frete de grãos deve ficar mais caro em fevereiro

O frete rodoviário de grãos nas principais rotas agrícolas deve subir de 10% a 15% em fevereiro, quando o escoamento da safra nacional de soja estará no auge. A estimativa é do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Esalq/USP (Esalq-Log).

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