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Citi lança novo fundo indexado à inflação

A Citigroup Asset Management lançou hoje um fundo de investimento atrelado ao IGP-M. O investimento mínimo é de R$ 10 mil, a taxa de administração é de 2% e a instituição não cobra taxa de performance.

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma nova modalidade de aplicação tem atraído a atenção dos investidores. São os fundos indexados a índices de inflação que têm captado recursos de pessoas preocupadas em preservar o poder de compra em um cenário de alta dos preços. Hoje, mais um produto com esse perfil chega ao mercado. Trata-se do fundo Citinflation, administrado pela Citigroup Asset Management. O investimento mínimo do fundo é de R$ 10 mil, a taxa de administração é de 2% e a instituição não cobra taxa de performance. De acordo com o gerente de produtos da instituição, José Domingos Ruiz, a carteira foi aberta para captação hoje e encerra o dia com um total de depósitos de R$ 4,8 milhões. Classificado como um fundo de renda fixa, o Citinflation é um FAC que compra cotas de um fundo de investimento (FIF), cuja carteira é formada em 95% por títulos públicos e privados com remuneração dada pela variação do Índice Geral dos Preços do Mercado (IGP-M) mais uma taxa de juros (cupom). Nessa parcela da carteira, a duration - média ponderada dos prazos dos papéis que compõem o fundo - será de 2,7 anos. Já os 5% restantes serão compostos por papéis com maior liquidez, ou seja, maior facilidade de negociação. O gestor de renda fixa da Citigroup Asset Management, Roberto Cintra, explica que, para a administração dos recursos, será permitido o uso de derivativos - contratos que negociam ativos no mercado futuro. Porém, não haverá a possibilidade de uso do sistema de alavancagem, que permite ao gestor dar todo ou parte do patrimônio como garantia nos contratos de derivativos. O risco do fundo, portanto, não está relacionado ao uso de derivativos, mas sim ao perfil de longo prazo dos papéis que compõem a carteira. O fato é que esses títulos sofrem mais quando há uma reversão do cenário projetado. Por outro lado, tendem a oferecer uma taxa de juros maior como prêmio pelo risco do prazo mais longo, o que pode trazer ganhos mais elevados para o investidor. Cintra destaca que, devido ao prazo mais longo dos papéis que compõem esse fundo, o ideal é que seja uma opção apenas para investidores que têm um horizonte de aplicação mais longo. Isso porque, ficando com os recursos aplicados até o vencimento dos títulos, certamente o investidor receberá o juro maior. "O ideal é ficar pelo menos um ano com os recursos nesse fundo", afirma o gestor. Entenda o risco do fundo Vale lembrar que, com a marcação a mercado - que precifica os títulos diariamente a valor de mercado -, há a possibilidade de variação negativa da cota e quem efetua o resgate nessas condições perde parte do patrimônio alocado na carteira. Para se ter uma idéia, de acordo com cálculos do gestor, em papéis de três anos indexados ao IGP-M mais uma taxa de juros de 10%, uma mudança dessa taxa para 14% produz uma perda de até 12% do patrimônio. Isso porque são títulos com juros prefixados que, no vencimento, receberão as taxas prometidas. Porém, até lá, serão precificados a valor de mercado. Ou seja, se o título foi comprado com taxa de 10%, isso significa que houve um desconto de 10% sobre o valor de face do papel. Se nos dias seguintes à compra desse papel, investidores estiverem exigindo um juro maior - nesse exemplo, de 14% -, o dono da papel terá que oferecer um desconto maior para vendê-lo, o que reduz o valor do título. Nesse mesmo exemplo, quando é feita a contabilização do preço do título na cota do fundo, há uma queda do valor, resultando em uma variação negativa. Se o investidor efetuar o resgate nesse momento, certamente ocorrerá perda do patrimônio.

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