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Citigroup negocia socorro nos EUA

Executivos do Citi conversam com autoridades americanas para evitar que a crise no banco saia do controle

Por Andrew Ross Sorkin e Louise Story
Atualização:

Com a forte queda na Bolsa que levou rapidamente a uma explosiva crise de confiança, os executivos do Citi mantiveram na sexta-feira conversas com autoridades federais sobre como estabilizar a gigantesca instituição financeira que vem atravessando enormes dificuldades. Acompanhe on line as últimas informações sobre o Citigroup Vikram S. Pandit, presidente do grupo, tentou tranqüilizar seus funcionários. Numa série de reuniões e telefonemas tensos, executivos e autoridades federais analisaram várias opções, que incluíram a substituição de Pandit na condução do Citi ou vender toda ou parte da empresa. Discutiram também a possibilidade de um aval público do governo, ou de uma nova linha de crédito de socorro para o Citi. No entanto, o curso da ação continuava incerto na noite de sexta-feira e outras opções ainda poderão ser consideradas. Mas depois de um ano de perdas e um acelerado declínio no preço das ações, o Citi, que possui US$ 3 trilhões em ativos e operações em muitos países, já não tem mais tempo. Depois de uma reunião do seu Conselho na sexta-feira pela manhã, a administração do Citi e alguns membros do conselho mantiveram vários contatos telefônicos com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e com o presidente do Fed de Nova York, Timothy F. Geithner, cotado para ser o novo chefe do Tesouro no governo do presidente eleito Barack Obama. À medida que o preço das ações do Citigroup despencavam durante o dia, com uma queda de US$ 0,68, para chegar próximo dos US$ 3,87, o Fed monitorava atenciosamente o quanto de dinheiro as corporações e outros clientes estavam retirando do banco, disseram as mesmas fontes, acrescentando que, até agora, muitos clientes permanecem comprometidos com o banco. Mas, com as dificuldades do Citi dando início a um novo capítulo dessa longa crise, o governo diz que o Tesouro está pensando em pedir a liberação da segunda metade do pacote de socorro de US$ 700 bilhões aprovado em setembro. Não está claro se parte desse dinheiro será usado numa injeção no Citi, que já recebeu US$ 25 bilhões em outubro.Um segundo pacote de ajuda para os bancos poderá ser difícil, neste momento em que as montadoras, em sérias dificuldades, também está recorrendo a Washington. No final da sexta-feira, a empresa manteve contatos com seus grandes clientes corporativos. E pretende colocar anúncios de página inteira nos grandes jornais , onde reconhece "que nossos mercados financeiros foram testados de um modo sem precedentes", mas diz que a companhia tem competência administrativa necessária para se recuperar.

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