O Citigroup entrou com uma ação judicial contra os bancos Wachovia e Wells Fargo e seus diretores em que pede pelo menos US$ 60 bilhões em compensações pelo acordo fechado pelas duas instituições na sexta-feira. Na segunda-feira passada, o Citi fechou um acordo preliminar para comprar as operações bancárias do Wachovia por US$ 2,16 bilhões. Na sexta-feira, contudo, o Wells Fargo surpreendeu com o anúncio de US$ 15,1 bilhões para adquirir todas as operações do Wachovia. O Citi imediatamente rejeitou o pacto entre os dois bancos e, no sábado, protocolou uma ação contra ambas as instituições. O Citi pleiteia US$ 20 bilhões em compensações e mais US$ 40 bilhões pelos danos causados pela interferência do Wells Fargo no pacto com o Wachovia. O banco também quer compensações do Wachovia pelo rompimento do acordo preliminar. No fim de semana, autoridades do Federal Reserve pressionaram o Citigroup e o Wells Fargo a assumirem um compromisso que poderia resultar em ambos assumindo as operações do Wachovia, de acordo com relatos ao Wall Street Journal de pessoas próximas à situação. A disputa legal, que tem lugar em Nova York, discute a validade do "acordo de exclusividade" que o Wachovia assinou quando assumiu o compromisso com o Citigroup. No sábado, um juiz havia estendido a validade do acordo de segunda para sexta-feira, mas no domingo uma corte de apelação anulou a decisão. Sem nenhum tipo de compromisso, o destino do Wachovia pode ser arrastado por semanas ou meses em uma disputa legal que deixa o banco no limbo, prejudicado pela controvérsia e ainda mais enfraquecido pela montanha de maus empréstimos que levou o banco ao acordo inicial com o Citigroup na semana passada. Por volta das 15h00, as ações do Citi estavam em queda de 9,75%, as do Wells Fargo cediam 5,70% e o Wachovia perdia 5,99%.