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Citigroup pede US$ 60 bi por quebra de acordo com Wachovia

Banco contesta acordo entre o Wachovia e o Wells Fargo, anunciado após pacto preliminar com o Citi

Por Ana Conceição e da Agência Estado
Atualização:

O Citigroup entrou com uma ação judicial contra os bancos Wachovia e Wells Fargo e seus diretores em que pede pelo menos US$ 60 bilhões em compensações pelo acordo fechado pelas duas instituições na sexta-feira.   Na segunda-feira passada, o Citi fechou um acordo preliminar para comprar as operações bancárias do Wachovia por US$ 2,16 bilhões. Na sexta-feira, contudo, o Wells Fargo surpreendeu com o anúncio de US$ 15,1 bilhões para adquirir todas as operações do Wachovia. O Citi imediatamente rejeitou o pacto entre os dois bancos e, no sábado, protocolou uma ação contra ambas as instituições.   O Citi pleiteia US$ 20 bilhões em compensações e mais US$ 40 bilhões pelos danos causados pela interferência do Wells Fargo no pacto com o Wachovia. O banco também quer compensações do Wachovia pelo rompimento do acordo preliminar.   No fim de semana, autoridades do Federal Reserve pressionaram o Citigroup e o Wells Fargo a assumirem um compromisso que poderia resultar em ambos assumindo as operações do Wachovia, de acordo com relatos ao Wall Street Journal de pessoas próximas à situação.   A disputa legal, que tem lugar em Nova York, discute a validade do "acordo de exclusividade" que o Wachovia assinou quando assumiu o compromisso com o Citigroup. No sábado, um juiz havia estendido a validade do acordo de segunda para sexta-feira, mas no domingo uma corte de apelação anulou a decisão.   Sem nenhum tipo de compromisso, o destino do Wachovia pode ser arrastado por semanas ou meses em uma disputa legal que deixa o banco no limbo, prejudicado pela controvérsia e ainda mais enfraquecido pela montanha de maus empréstimos que levou o banco ao acordo inicial com o Citigroup na semana passada.   Por volta das 15h00, as ações do Citi estavam em queda de 9,75%, as do Wells Fargo cediam 5,70% e o Wachovia perdia 5,99%.

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