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Classe A responde por 24% do faturamento dos cartões de crédito

O estudo considerou como classe A os clientes de cartões com renda superior a R$ 2.500

Por Agencia Estado
Atualização:

Os cartões de crédito destinados à alta renda representam apenas 10% do total de plásticos em circulação no País, mas respondem por 24% do faturamento do setor, segundo o estudo "A Classe A e o Cartão de Crédito", realizado pela Credicard Itaú e divulgado nesta segunda-feira, 28. Esses cartões devem movimentar R$ 38,3 bilhões neste ano, com crescimento de 7% na comparação com o ano anterior. O diretor-executivo Comercial da Credicard Itaú, Fernando Chacon, avalia que a penetração do cartão de crédito no público classe A é grande, mostrando um mercado estável e amadurecido. Desta forma, o faturamento dos cartões nesse segmento cresce bem menos do que entre as pessoas de menor renda. O estudo considerou como classe A os clientes de cartões com renda superior a R$ 2.500. Segundo a pesquisa, esse público é o grande impulsionador no que se refere às compras internacionais. Do volume total de compras com cartão de crédito deste público, 5,5% foram realizados no exterior, contra participação de 0,8% nas demais classes. O valor médio das transações internacionais da classe A é de R$ 265,00. Segundo a pesquisa, o parcelamento sem juros já é um hábito entre todos os portadores de cartão de crédito e, especialmente, um facilitador do acesso das classes de renda mais baixa ao crédito. Mas esta modalidade vem ganhando também mais adeptos entre os consumidores de maior poder aquisitivo. O parcelamento sem juros já representa 41% das compras da classe A. Entre os portadores com renda inferior a R$ 2.500, o parcelamento sem juros representa mais da metade das transações: 51%. A pesquisa também relaciona o comportamento de consumo dos portadores da classe A por faixa etária e identifica que os mais jovens usam o cartão mais para compras cotidianas e de menor valor. A faixa entre 18 e 24 anos apresenta o menor tíquete médio e maior freqüência de uso. Já a faixa de idade entre 25 e 44 anos movimenta o maior volume de transações, pois usa o plástico em operações com maior valor unitário. O estudo mostra que os homens ainda são maioria entre os portadores de cartões na classe A. Possuem 68% dos plásticos da alta renda e, em junho, responderam por 70% do volume de transações, movimentando R$ 2,2 bilhões naquele mês, com um tíquete médio de R$ 123. Já as mulheres possuem 32% dos cartões, que representaram 30% do faturamento registrado em junho - R$ 920 milhões - com um valor médio de R$ 120 por compra. No que se refere à distribuição geográfica, o Norte, o Nordeste e o Sul do País apresentam maior concentração de cartões de crédito de alta renda em relação ao total dos portadores. A região Nordeste, por exemplo, apesar de deter 8% dos plásticos do País, engloba 18% dos cartões classe A. Em termos de volume de transações, as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste respondem pela maior utilização do cartão de crédito classe A no Brasil, respondendo por 60%, 16% e 10%, respectivamente.

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