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Classes D e E consumiram menos no 1.º trimestre

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mais pobres consumiram menos produtos de consumo de massa no primeiro trimestre deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto as compras dos mais ricos cresceram. Esta é uma das principais conclusões do levantamento sobre 66 categorias de produtos de janeiro a março, feito pelo LatinPanel, empresa do Grupo Ibope em associação com parceiros internacionais. A pesquisa entrevista cerca de 25 mil famílias a cada mês em municípios com mais de 10 mil habitantes sobre o consumo de alimentos, bebidas não-alcóolicas, higiene pessoal e limpeza do lar. Segundo o levantamento, o volume médio de compras por domicílio encolheu 1% no trimestre. Nas classes D e E (até 4 salários mínimos) a queda foi de 2%. Para as classes A e B (acima de 10 salários) houve ligeiro crescimento (1%) e para a C (de 4 a 10 salários), estagnação. "O volume médio de compras não cresceu no geral e o valor caiu em termos reais (descontada a inflação). Foi um cenário para este começo de ano negativo para os produtos de consumo", afirma a diretora comercial do LatinPanel, Ana Cláudia Fioratti. A especialista explica que alguns segmentos apresentaram variações positivas, mas foram "pontuais". Na média, entre as classes D e E, a maior queda geral ficou por conta dos alimentos (3%), seguido por higiene pessoal (1%). No grupo de limpeza caseira não houve alteração e no de bebidas não-alcóolicas subiu 3%. Os dados mostram que, ao contrário da média geral, o segmento de higiene pessoal cresceu nas classes A e B. Uma tendência do ano passado continua: produtos básicos mantêm espaço relativo nas compras e os supérfluos estão sendo abandonados.

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