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Classificação de risco do Brasil deve melhorar em 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma nova rodada de elevações da nota de risco soberano do Brasil em 2005 pelas agências de ratings Moody´s, Standard & Poor´s (S&P) e Fitch deverá contribuir para uma queda adicional da taxa de risco País - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País -, que estava hoje em 423 pontos base, alta de 5 pontos. A opinião é do gestor de fundos para mercados emergentes da Pacific Investment Company Management (Pimco), Mohamed El-Erian. Para ele, 2005 será um ano positivo para os mercados de títulos da dívida de países emergentes - neste ano, os títulos da dívida de emergentes devem registrar uma taxa de retorno entre 10% e 11%. "A minha expectativa é que o mercado de dívida de emergentes deverá ter um retorno em 2005 entre 7% a 9%, o que ainda é uma taxa de retorno bastante boa diante do cenário mundial, no qual se destaca o ciclo de aperto monetário nos Estado Unidos (alta dos juros)", previu El-Erian à Agência Estado. Para o gestor da Pimco, Brasil e Rússia serão os emergentes mais beneficiados com elevações dos ratings soberanos. No caso da Rússia, El-Erian espera que a S&P eleve o país para a categoria "investment grade", ampliando consideravelmente a base de investidores nos papéis russos. "Quanto ao Brasil, todas as três agências de ratings deverão elevar o País em 2005", disse. De acordo com El-Erian, há ainda uma demanda forte por papéis de dívida de países emergentes entre os investidores globais, apesar do movimento de alta de juros norte-americanos. "Nós, aqui da Pimco, recebemos nos últimos dias mandatos de investidores para aplicar cerca de US$ 1 bilhão nos próximos três meses em títulos de dívida de países emergentes", informou El-Erian.

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