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CMN adia prazo para consórcios em Cadastro Positivo

Por EDUARDO CUCOLO E LAÍS ALEGRETTI
Atualização:

As administradoras de consórcio terão até 1º de junho de 2014 para iniciar o fornecimento de informações para o cadastro positivo. O novo prazo foi fixado nesta quinta-feira, 25, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A data limite anterior era o próximo dia 1, prazo que continua valendo para os bancos e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BC). O chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, reforçou que os bancos que não estiverem aptos a fornecer informações ao Cadastro Positivo a partir da próxima semana ficarão sujeitos a penalidades. Odilon informou que o BC tem feito reuniões frequentes e todas as instituições financeiras estão prontas para fornecer as informações no prazo estabelecido. A exceção para os consórcios, segundo ele, se deveu a questões tecnológicas que impediram a categoria de começar neste ano. "O adiamento para o segmento de consórcios decorre das peculiaridades dessa modalidade de negócio, a qual se diferencia das operações de crédito tradicionais, na medida em que não há agente financeiro emprestando recursos, e sim a união de esforços de poupadores, por meio de um grupo de consórcio, com o objetivo de formação de fundo financeiro para aquisição de bens ou serviços", informou o BC em nota. "As peculiaridades inerentes a essa modalidade têm demandado maiores esforços de adaptação, tanto nos sistemas das administradoras, quanto nos gestores de bancos de dados", completou o comunicado. O BC informou, ainda, que a inclusão de dados de consórcios no Cadastro Positivo "teve por objetivo permitir a maior abrangência possível de informações, de modo a garantir que os bancos de dados sejam fidedignos, completos e consistentes, possibilitando uma análise de crédito mais robusta dos clientes e de seus compromissos financeiros". Na entrevista à imprensa, o chefe de departamento do BC lembrou ainda que o Cadastro Positivo, criado em 2011, tem o objetivo de beneficiar bons pagadores por serem adimplentes. "É importante que as pessoas saibam que existe isso, porque tende a beneficiar os bons pagadores, que podem ter acesso a taxas melhores", disse. "Em um primeiro momento, não será um banco de dados tão rico, mas, em um segundo momento, esperamos que todo mundo veja isso como algo benéfico e autorize a colocação das informações no banco de dados."

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