
16 de dezembro de 2010 | 18h06
Apesar de as linhas terem sido disponibilizadas pelo BNDES no fim de 2009, de acordo com o assessor econômico do Tesouro Nacional, Mário Augusto Gouvea, entre as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos do Mundial, apenas Cuiabá já contratou o financiamento para a construção de sua arena. Cada estádio tem até R$ 400 milhões disponíveis nessa linha.
Ao todo, sete das 12 cidades já contrataram financiamentos para projetos de mobilidade urbana em torno dos estádios. Essa linha tem R$ 8 bilhões em recursos, mas Gouvea não soube informar quanto deste total já foi contratado. Segundo ele, a prorrogação foi autorizada também no sentido de adequar as linhas ao regime tributário especial para essas obras, que se encerra no fim de 2012.
O CMN também prorrogou até o fim de 2011 o programa Caminho da Escola, composto por financiamentos do BNDES para pequenos municípios adquirirem ônibus e barcos escolares padronizados. Criada em 2007, a linha concede até 96 meses para o pagamento do crédito e dispõe de R$ 700 milhões em recursos, dos quais cerca de um terço já foi contratado, segundo Gouvea.
Da mesma forma, o programa Pró-Vias do BNDES, para a compra de máquinas e equipamentos para a construção de vias e instalação de sinais de trânsito em pequenas cidades, também foi prorrogado até o fim de 2011. Segundo o assessor, cerca de R$ 700 milhões do R$ 1 bilhão disponível já foram contratados.
PSI
O Conselho também remanejou os recursos das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), sem alterar o montante total do programa, de R$ 134 bilhões. Com a mudança, a linha voltada para a compra de ônibus e caminhões por empresas recebeu R$ 3 bilhões adicionais, passando de R$ 31,5 bilhões para R$ 34,5 bilhões.
Os recursos vieram da linha Pró-caminhoneiro (voltada para pessoa física) que passou de R$ 10,1 bilhões para R$ 9,1 bilhões, e da linha de bens de capital, que diminuiu de R$ 67 bilhões para R$ 65 bilhões. Segundo Gouvea, a alteração ocorreu para adequar as linhas à demanda.
Além disso, afirmou, como a linha que recebeu o adicional de recursos tem juros mais altos que as demais, o Tesouro terá uma economia de R$ 400 milhões em equalizações no decorrer do período dos financiamentos, que podem chegar a 30 anos. De acordo com Gouvea, não está prevista uma prorrogação do prazo de contratação do PSI, que se encerra no dia 31 de março de 2011.
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