CNC corta projeção de vendas do varejo para este ano

Depois da queda histórica de 6,1% em dezembro, a estimativa de crescimento do setor em 2021 passou de 3,9% para 3,5%

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Por Márcia De Chiara
1 min de leitura

A queda histórica das vendas do comércio em dezembro, de 6,1% na comparação com novembro, fez a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) cortar a projeção de crescimento do varejo para este ano. A nova expectativa é de um avanço de 3,5% do varejo restrito, que não inclui veículos e materiais de construção. A projeção anterior era de crescimento de 3,9%.

Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, ressalta que o auxílio emergencial e a adesão ao e-commerce por milhões consumidores foram fundamentaispara que o varejo fechasse o ano no azul, apesar das turbulências provocadas pela pandemia. De acordo com o IBGE, o crescimento do varejo em 2020 foi de 1,2%. 

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A queda histórica das vendas do comércio em dezembro fez a CNCcortar a projeção de crescimento do varejo para este ano. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O volume de vendas do varejo online, por exemplo, encerrou 2020 movimentando R$ 224,7 bilhões, com crescimento de 37% em relação a 2019, segundo dados da Receita Federal. Mesmo assim, o e-commerce representa uma parcela pequena do faturamento do varejo, menos de 10%.

Para este ano, o desempenho da economia e, especificamente, de um setor que ainda depende de forma significativa do consumo presencial está associado à evolução da crise sanitária. Na análise do economista, o baque de dezembro nas vendas refletiu o recrudescimento da pandemia em várias regiões do País, que levou os governos a implantar medidas de restrição à circulação de pessoas, dentre as quais o fechamento ou redução de horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Além disso, houve o impacto do corte no auxílio emergencial, de R$ 600 para R$ 300, e dainflação em alta, principalmente de alimentos, que reduziram a renda do consumidor.

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