PUBLICIDADE

Publicidade

CNI avalia que economia superou recessão do 1° semestre

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, disse hoje que a recuperação da atividade industrial, apontada pelos indicadores industriais da Confederação divulgados hoje (veja mais informações no link abaixo), mostram que se encerrou o processo de queda da atividade econômica, verificada até então. "Os dados mostram que a economia superou a recessão do primeiro semestre", avaliou. Essa recuperação fica mais clara, segundo ele, na comparação dos índices trimestrais dessazonalizados ? sem efeitos temporais específicos. Eles mostram que, pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2002, houve uma recuperação no valor dos salários líquidos pagos pela indústria. Neste ano, houve queda de 3,76% do total desses salários, no primeiro trimestre; 0,52% no segundo trimestre e recuperação de 1,71% no terceiro. A quantidade de horas trabalhadas também registrou crescimento, de 1,04%, ante queda de 1,38% no primeiro semestre e queda de 0,23% no segundo. Houve recuperação, também, no total das vendas da indústria, que subiram 2,60% ante queda de 1,26% no primeiro trimestre e de 5,03% no segundo. A utilização da capacidade ociosa apresentou queda de apenas 0,09 ponto porcentual no terceiro trimestre ante de queda de 0,83 ponto no primeiro e de 0,57 ponto no segundo trimestres. O número de empregos, no entanto, diverge dos demais indicadores, apresentando queda de 0,25% no terceiro trimestre deste ano diante de crescimento de 0,24% no primeiro e de 0,14% no segundo trimestres. Perspectivas Castelo Branco disse que a expectativa do meio empresarial é de que a atividade econômica deverá continuar se recuperando nos próximos meses. Ele justificou essa avaliação com sinais de recuperação da economia mundial e com indicadores de aumento na demanda doméstica, estimulados principalmente pelo crescimento na oferta de crédito. Ressaltou, entretanto, que é necessário que o investimento responda a essa tendência e que haja uma recuperação do nível de emprego e do salário real. O economista lembrou que o investimento vem sendo contido desde 2001, com as crises sucessivas da energia elétrica, das bolsas de valores e dos atentados terroristas. No fim de 2002, observou, havia insegurança no mercado brasileiro, com os tomadores de empréstimos temerosos e os emprestadores, restringindo o crédito diante da expectativa de elevação dos juros e do aumento da inadimplência. O quadro atual, no entanto, segundo ele, é oposto, pois há confiança nos agentes econômicos, reforçada por medidas que estão sendo tomadas, como regulação do setor de infra-estrutura, redução do custo de capital e melhor definição da agenda industrial.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.