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CNI: confiança empresarial cai ao menor nível desde 1999

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Por Sandra Manfrini
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu de 52,5 pontos no terceiro trimestre de 2008 para 47,4 pontos no quarto trimestre do ano passado. Segundo pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse é o menor índice registrado desde janeiro de 1999. Além disso, o indicador não ficava abaixo da linha de 50 pontos, o que indica pessimismo de acordo com a metodologia da pesquisa, desde outubro de 2002. Na comparação com o índice de confiança relativo ao último trimestre de 2007, divulgado em janeiro de 2008, a queda foi de 14,4 pontos. Naquele período de 2007, a confiança do empresário industrial era de 61,8 pontos. Segundo a pesquisa, o Icei das grandes empresas caiu de 51,5 pontos para 47,3 pontos. Nas médias empresas, o índice medido passou de 52,6 pontos no terceiro trimestre para 45,3 pontos no quarto trimestre. As pequenas empresas são as únicas que se mantêm relativamente confiantes. O índice para esse porte ficou próximo da linha divisória dos 50 pontos (49,5 pontos). No trimestre anterior, o índice desse segmento, no entanto, foi de 53,6 pontos. O Icei varia no intervalo de zero a cem pontos, sendo que valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Abaixo desse índice, há perda de confiança. A pesquisa da CNI foi realizada no período de 5 a 26 de janeiro, num universo de 1.407 empresas, sendo 749 classificadas como pequenas; 444, médias e 214, grandes. Futuro O Índice de Expectativa do Empresário Industrial (Icei) para os próximos seis meses manteve-se praticamente estável no quarto trimestre de 2008, na comparação com o apurado no trimestre anterior. De acordo com a pesquisa da CNI, esse índice de expectativa caiu de 53,4 pontos para 53,1 pontos. Apesar do indicador acima de 50 pontos refletir otimismo, ele ainda é o menor desde janeiro de 1999. Segundo a CNI, a avaliação dos empresários é bastante díspar entre as perspectivas sobre a própria empresa e a economia brasileira para os próximos seis meses. O empresário permanece otimista com relação ao seu negócio, com o índice situando-se em 56,6 pontos. No entanto, está pessimista com relação à economia brasileira, com um índice de confiança de 46,3 pontos.

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