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CNI espera "ajuste" da indústria no 1º trimestre

Para que a indústria tenha capacidade de manter a produção em alta ao longo deste ano, Castelo Branco defendeu "uma nova onda de investimentos".

Por Agencia Estado
Atualização:

O recuo na geração de empregos industriais em novembro não assustou o coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, que afirmou hoje, ao anunciar os resultados da pesquisa, que a expectativa para o primeiro trimestre deste ano é a continuidade do movimento de "ajuste" do setor industrial. Ele avalia que a pesquisa de dezembro já deverá mostrar ligeiro crescimento das vendas. Para que a indústria tenha capacidade de manter a produção em alta ao longo deste ano, Castelo Branco defendeu "uma nova onda de investimentos". "E para isso, precisa também haver incentivos como a redução do custo do dinheiro", afirmou. A medida é possível com a redução da taxa básica de juros (Selic - atualmente em 18% ao ano), responsável pela taxação bancária sobre o fluxo de dinheiro. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) reavaliara a Selic. Branco espera uma redução de pelo menos 0,75 ponto porcentual, o que levaria os juros para 17,25% ao ano. "Apostamos num corte de 0,75 ponto porque, em se tratando de taxa de juros, deve-se olhar para frente, e a próxima reunião só ocorrerá dentro de 45 dias", afirmou Castelo Branco. O economista argumentou, também, que o nível da capacidade instalada da indústria - que em novembro atingiu 80,8% ante 81% em outubro, está num nível bastante baixo e mostra que há espaço para crescimento da produção e da oferta, sem preocupação com pressões inflacionárias. O indicador mostra que o Banco Central não precisa ficar preocupado, porque há bastante espaço para retomada da produção", afirmou Branco. O nível de 80,8% da capacidade instalada já desconta os efeitos temporários que afetam o comportamento; por isso faz parte da série chamada dessazonalizada da pesquisa.

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