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CNI: fim da CPMF dificulta meta de superávit primário

Por Renata Veríssimo
Atualização:

O fim da CPMF em 2008 fará com que o governo tenha dificuldades para cumprir a meta de superávit primário no próximo ano, conforme avaliação que consta do documento Informe Conjuntural de dezembro, divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade projeta para 2008 um superávit primário de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) enquanto que a meta do governo é de 3,8% do PIB. O governo, no entanto, pode descontar desta meta 0,5% do PIB referente ao Programa Piloto de Investimento (PPI) do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para a CNI, o governo deverá optar pelo corte de despesas como forma de adequar o orçamento à queda de R$ 40 bilhões na arrecadação decorrente do fim da CPMF. "Diante da elevada rigidez do orçamento, os cortes serão insuficientes para impedir a queda do superávit primário em relação a 2007, o que compromete o cumprimento da meta para 2008", avalia o documento. A CNI, no entanto, trabalha com expectativa positiva para os principais indicadores de solvência do setor público. O documento da CNI explica também que a projeção de crescimento do PIB de 5% no próximo ano se deve à expectativa de que a demanda interna continuará forte e que os investimentos, tanto do setor privado como do setor público, devem aumentar. O documento também prevê que, apesar da crise no mercado imobiliário nos Estados Unidos, o desaquecimento da economia mundial será menos intenso do que o esperado inicialmente. Por isso, terá um impacto reduzido sobre a economia mundial em 2008.

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