A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma reavaliação de previsão de crescimento do PIB nacional e industrial para este ano. Segundo o documento Informe Conjuntural, divulgado hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional deve crescer 3,5% este ano; a previsão anterior era de 3,2%. A expansão do PIB industrial em 2005 deve ser de 4,4% pela nova estimativa, ante 4,2% previsto na revisão anterior da CNI. Para a indústria de transformação, a projeção de crescimento para este ano passou de 3,8% para 4,0%. O Informe da CNI trouxe também uma nova previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado este ano. A perspectiva é de que o Índice fique em 5,1%. Na última projeção, feita no fim de junho, a estimativa de inflação para 2005 era de 6%. A CNI manteve a projeção da taxa média de juros para este ano em 19,1% ao ano. No entanto, o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, acredita que há espaço para que a Selic, a taxa básica de juros da economia, termine o ano a 17,5% ao ano. Segundo ele, a queda da inflação e o espaço para que a taxa de câmbio se recupere sem impacto na inflação possibilitam uma flexibilização da política monetária. "Os fundamentos econômicos indicam para uma taxa de juros bem menor", argumentou. Consumo interno e externo Outra perspectiva da CNI é de um crescimento de 3,2%, este ano, no consumo das famílias. No último documento, divulgado no fim de junho, a estimativa de expansão era de 2,9%. A previsão de gastos com custeio das três esferas de governo também cresceu, de 1% em junho para 1,8% em setembro. Já a forte expansão da demanda mundial, segundo a CNI, deve fazer com que as exportações brasileiras em 2005 atinjam US$ 117 bilhões. A última estimativa do documento Informe Conjuntural, divulgado pela entidade, era de US$ 114 bilhões. Com a nova projeção, as exportações devem ter uma expansão de 24% em 2005 ante 2004. Com relação às importações, a CNI prevê que as perspectivas de aquecimento da atividade econômica no quarto trimestre e a manutenção do preço do petróleo em patamar elevado devem aumentar o ritmo de crescimento das compras externas no final do ano. Assim, a estimativa da CNI é que as importações devem totalizar US$ 76 bilhões em 2005, registrando um crescimento de 21% em relação a 2004. Dessa forma, a previsão de superávit comercial para este ano passou de US$ 38 bilhões para US$ 41 bilhões.