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CNI: ritmo de expansão da indústria desacelera em 2011

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

Apesar de ter praticamente garantido uma expansão na casa dos dois dígitos em 2010, o ritmo de crescimento da atividade industrial brasileira deve desacelerar este ano, na avaliação do gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.O arrefecimento, segundo ele, decorrerá das medidas de restrição ao crédito que vêm sendo tomadas pela equipe econômica do governo na tentativa de conter o aumento da inflação. "O Banco Central sinalizou que é o início de um processo, ou seja, está sendo implementada uma política monetária mais restritiva em 2011", disse.Além de medidas como a elevação do compulsório para operações de crédito de longo prazo, que afetam principalmente a indústria automobilística, o início de um novo ciclo de aumentos na taxa básica de juros (Selic) também deve reduzir a demanda este ano. "Os canais se comunicam, quer dizer, as medidas reduzem o volume de recursos disponíveis para empréstimos e os tornam mais caros", afirmou Castelo Branco.O aumento dos juros, ressaltou ele, também incentiva a continuidade da entrada volumosa de recursos estrangeiros no País, pressionando ainda mais a apreciação do real frente ao dólar, o que prejudica as exportações brasileiras e aumenta a concorrência no mercado doméstico com produtos importados."São necessários outros instrumentos de política econômica para adequar a inflação à meta, que impactem menos o setor produtivo", disse Castelo Branco. "Boa parcela das importações diz respeito a insumos que na verdade são partes, peças e componentes utilizados na indústria, o que afeta a cadeia produtiva doméstica, que vai ficando mais rarefeita", completou.

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