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CNI/Ibope: 30% mudaram consumo por causa da crise

Por Renata Veríssimo
Atualização:

A pesquisa de opinião CNI/Ibope divulgada hoje revelou que subiu de 20% em dezembro para 30% em março a parcela de pessoas que já alteraram seus hábitos de consumo ou de planejamento financeiro por causa da crise internacional. O levantamento mostra uma certa estabilidade entre aqueles que não alteraram nem pretendem mudar os hábitos de consumo. O porcentual neste item caiu de 46% em dezembro para 45% em março. Além disso, 21% dos entrevistados informaram que ainda não alteraram seus hábitos, mas pretendem mudar. Este porcentual era de 27% em dezembro.A pesquisa também mostra que subiu de 24% para 28% o número de pessoas com muito medo de serem afetadas pela crise. Além disso, ficou em 41% o porcentual daqueles que declaram estar com um pouco de medo de serem afetados pela crise e caiu de 26% para 23% em março a parcela de entrevistados sem nenhum medo da crise.Percepção da criseA pesquisa identificou que para 37% dos entrevistados a crise financeira internacional é muito grave. Esta percepção aumentou em relação à pesquisa anterior, de dezembro de 2008, quando 35% informaram considerar a crise muito grave. Aqueles que consideram a crise pouco grave subiram de 7% para 9% e os entrevistados que afirmaram que a crise é grave caíram de 49% para 46% no período.A pesquisa mostrou também que subiu de 37% para 40% o porcentual de pessoas que consideram que a economia brasileira será muito prejudicada pela crise. Por outro lado, caiu de 46% para 44% o total daqueles que acham que a economia será pouco prejudicada. Os entrevistados que consideram que a crise não terá impacto na economia caíram de 10% em dezembro para 9% em março.Ainda segundo a CNI/Ibope, reduziu de 43% para 39% o número de pessoas que considera que o Brasil está mais preparado hoje para enfrentar a crise do que estava no passado. Por outro lado, subiu de 15% em dezembro para 18% em março o total daqueles que consideram o Brasil menos preparado agora. Houve uma queda de 28% para 26% no porcentual das pessoas que avaliam que o Brasil hoje está igualmente preparado como no passado.Combate à criseA avaliação positiva da atuação do governo Lula no combate à crise caiu de 62% em dezembro para 47%. Por outro lado, a avaliação negativa subiu de 5% para 11% neste mesmo período. Os entrevistados que avaliaram como regular a atuação do governo federal no combate à crise subiram de 25% em dezembro para 34% em março.A pesquisa mostra que recuou de 62% para 59% o total daqueles que consideram que o governo está adotando as medidas corretas no enfrentamento da crise. Para 22%, as medidas não estão sendo adequadas ante um porcentual de 15% em dezembro. Os entrevistados que disseram não conhecer o suficiente para opinar caíram de 13% para 11%.A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope foi realizada de 11 a 15 de março e ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para cima ou para baixo.

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